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Ex-atriz pornô Stormy Daniels depõe contra Trump; veja declarações

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em

AFP
O ex-presidente Donald Trump em Nova York, em 30 de abril de 2024

A ex-atriz de filmes pornográficos Stormy Daniels prestou depoimento nesta terça-feira (7) no julgamento de Donald Trump , acusado de ocultar pagamento pelo seu silêncio sobre um suposto caso extraconjugal. Essa é a primeira vez que um ex-presidente dos Estados Unidos é colocado no banco dos réus.

Stormy Daniels, chamada pela acusação, é uma das testemunhas mais esperadas neste julgamento histórico do atual candidato à presidência dos Estados Unidos nas eleições de novembro.

Daniels, 45 anos, afirma que teve um encontro sexual com Trump em 2006. Na reta final das eleições de 2016, quando escândalos sexuais ameaçaram a campanha eleitoral que o magnata republicano venceu contra Hillary Clinton, a mulher recebeu um pagamento de US$ 130 mil para permanecer em silêncio sobre esse episódio.

Trump repassou o pagamento à ex-atriz, cujo nome verdadeiro é Stephanie Clifford, como despesas legais de seu então advogado pessoal Michael Cohen, que havia adiantado o dinheiro do seu bolso, da empresa familiar Trump Organization.

Num julgamento histórico, Trump agora é acusado de falsificar 34 documentos.

“Mais velho que meu pai”

Nervosa, a testemunha contou como conheceu Trump num torneio de golfe quando tinha 27 anos.

“Eu sabia que ele era mais velho, provavelmente mais velho que meu pai”, disse Daniels a poucos metros do magnata, olhando fixamente para frente, enquanto arrumava o cabelo e colocava os óculos.

A promotoria mostrou uma foto dos dois jogando golfe, Trump de camisa e chapéu amarelos e ela de blusa preta. Eles estavam se abraçando.

“O senhor Trump disse que queria jantar comigo”, disse a testemunha que contou como chegou à suíte do hotel, “três vezes maior que o meu apartamento”, onde o magnata a esperava com flores e com um pijama de seda.

Depoimento polêmico

Trump, 77 anos, nega ter feito sexo com a ex-atriz. Susan Necheles, advogada de defesa do ex-presidente, apresentou uma objeção ao juiz Juan Merchan, que preside o julgamento, para que seja proibido testemunhar sobre qualquer “ato sexual”.

“É indevidamente prejudicial”, disse Necheles ao juiz.

A promotora Susan Hoffinger garantiu ao tribunal que o depoimento de Daniels não seria explícito e “omitiria detalhes excessivamente obscenos”.

Esta é a primeira vez que Daniels fica cara a cara com o magnata que a denigre há anos, mesmo quando estava na Casa Branca.

O juiz proibiu o republicano de falar sobre as testemunhas em suas redes sociais, bem como sobre o júri e funcionários do tribunal e seus familiares. Depois de impor multas de US$ 10 mil, ele o ameaçou de prisão se continuar a desobedecer às suas ordens.

Ao longo de três semanas de julgamento, testemunhas lançaram luz sobre os cenários da sua campanha eleitoral de 2016 perante o júri popular que selará o seu destino.

Se for considerado culpado, poderá ser condenado à prisão, embora isso não o impeça de assumir a presidência do país caso vença em novembro o seu atual rival, o presidente Joe Biden, a quem culpa por ter sentado no tribunal de Manhattan em vez de fazer campanha.

Fonte: Internacional

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