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MATO GROSSO

Evento de valorização da cultura cigana começa neste sábado (11) em Tangará da Serra

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Em comemoração ao Dia Nacional dos Povos Ciganos (24 de maio), será realizado neste mês o 4° Encontro de Cultura Cigana de Mato Grosso, que começa neste sábado (11.05), em Tangará da Serra (a 240 quilômetros de Cuiabá), com a ‘Oficina de Chibe: reavivando a língua Calon’. A programação geral inclui o 2º Encontro de Mulheres Ciganas de Mato Grosso e o lançamento da minissérie ‘Luzia e As Calins do Cerrado’, ambos no dia 25 de maio, em Cuiabá.

O 4° Encontro de Cultura Cigana de Mato Grosso é um dos projetos selecionados no Edital Viver Cultura, da Secretaria de Estado de Cultura de Mato Grosso (Secel-MT). A oficina deste sábado será ofertada exclusivamente para 50 pessoas da etnia. A atividade será das 8h às 17h, na comunidade cigana de Tangará da Serra.

A iniciativa conta com participação de mestres da cultura cigana, tanto no conceito quanto na prática, respeitando o direito de autorrepresentação e valorizando o saber tradicional. Ao todo, participam 15 anciãs e anciãos ciganos que residem em Tangará da Serra, incluindo Estroécio Rodrigues Cunha, mais conhecido como Tio Toesse, que é a pessoa que mais domina a Chibe no Estado.

Além de valorizar o saber tradicional, a oficina também busca a renovação e a conservação da Chibe entre o povo Calon, considerando que hoje a maioria dos adultos e jovens da comunidade não conhecem a língua de origem.

“Acreditamos que o retorno à ancestralidade é um componente importante para a formação humana, especialmente, para crianças, adolescentes e jovens. Conhecer o passado ajuda a nos situar no mundo de hoje e a pensar um futuro que inclua as pessoas ciganas, descontruindo visões estereotipadas e racistas”, pondera Aldi Rodrigues, diretora de programação da oficina de Chibe.

O 4° Encontro de Cultura Cigana de Mato Grosso é realizado pela Associação Estadual das Etnias Ciganas de Mato Grosso (AEEC-MT). Em Cuiabá, o evento é retomado no dia 25 de maio, com o ‘2° Encontro de Mulheres Ciganas de Mato Grosso’ e o lançamento da minissérie ‘Luzia e As Calins do Cerrado’.

O 2º Encontro de Mulheres Ciganas de Mato Grosso busca fortalecer as expressões culturais Calon, celebrando a importância das mestras ciganas e seus saberes ancestrais para o patrimônio cultural cigano e brasileiro.

Cuiabá é a segunda maior cidade com população cigana do Estado, e o Encontro busca, principalmente, a permanência e conservação de tradições, narrativas, memórias, histórias e costumes ciganos. A programação inclui, por exemplo, roda de diálogo sobre medicina tradicional, com foco em garrafadas, banhos e chás.

Outro objetivo do projeto é desconstruir preconceitos contra as pessoas ciganas. “Houve uma tentativa de apagamento de nossas identidades culturais, que são expressas ainda hoje por um imaginário de estereótipos negativos, que precisam ser quebrados”, comenta o diretor de arte e cultura da AEEC-MT, Rodrigo Zaiden.

(Com informações da assessoria)

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Juiz Marcelo de Resende vence Prêmio Juíza Viviane Vieira do Amaral na categoria produção acadêmica

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O juiz Marcelo Souza Melo Bento de Resende, da 2ª Vara Criminal de Barra do Garças, é o vencedor do Prêmio CNJ Juíza Viviane Vieira do Amaral de Proteção às Mulheres Vítimas de Violência Doméstica e Familiar, na categoria produção acadêmica com o artigo “Depoimento antecipado da vítima de violência doméstica”. A cerimônia de premiação será no dia 22 de outubro, na sede do CNJ, em Brasília.
 
Em sua quarta edição, a premiação concedida pelo Conselho Nacional de Justiça tem como finalidade contemplar as experiências, as ações, projetos e programas, as produções acadêmicas e científicas dos órgãos e operadores do sistema de Justiça que contribuam para a prevenção e para o enfrentamento da violência doméstica e familiar contra a mulher no Brasil.
 
O juiz Marcelo Souza Melo Bento de Resende, que começou sua carreira na magistratura mato-grossense na comarca de Itiquira, em 2012, conta que desde aquela época atuava em casos de violência doméstica. Seu interesse se ampliou quando estava na comarca de Comodoro, onde começou a realizar grupos reflexivos com autores de violência doméstica, antes mesmo disso ser previsto na Lei Maria da Penha. Em Barra do Garças, o magistrado dá continuidade a essa atividade.
 
Em relação ao artigo submetido ao Prêmio CNJ Juíza Viviane Vieira do Amaral, o magistrado conta que o trabalho é fruto do mestrado em Direito que ele fez pela Escola Superior da Magistratura de Mato Grosso (Esmagis-MT) em parceria com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). “A Esmagis tem completa responsabilidade, de certa forma, no resultado desse prêmio, quando ela decidiu fazer a turma de mestrado juntamente com a UERJ, o que gerou esse trabalho acadêmico”, reconhece.
 
A escolha por abordar o depoimento antecipado da vítima de violência doméstica, conforme o ganhador do prêmio, se deu por conta da revitimização ou vitimização secundária, que decorre do fato da mulher ter que sempre lembrar do que lhe causou sofrimento e sentir novamente o trauma daquela experiência. De acordo com o juiz, o depoimento antecipado é algo previsto apenas para casos em que as vítimas são menores de idade, mas ele aponta que o trauma pode ser intenso dependendo de cada caso. “Ouvindo essas mulheres todos os dias, o que eu sempre pensei é que, em alguns casos, essa mulher poderia vir e falar só uma vez”, afirma.
 
Para elaborar o artigo, além da observação empírica, o juiz Marcelo de Resende informa que utilizou conhecimento das áreas de Psicologia, aspectos históricos da lei Maria da Penha e Direito Comparado. “No Direito português, existe essa referência da mulher ser ouvida uma única vez e pronto. E a minha sugestão, na conclusão da pesquisa, é que na medida protetiva seja possível que uma mulher peça para ser ouvida logo porque não quer ter que voltar depois e lembrar tudo novamente. Então, seria uma forma de proteger a vítima da revitimização ou da vitimização secundária, aquela decorrente do processo. Talvez não seja o caso de fazer isso com todas as mulheres, nem no ordenamento português é dessa forma, mas é algo que a gente precisa começar a pensar, talvez uma alteração legislativa, talvez possibilitar que a mulher faça esse pedido”, comenta.
 
Celly Silva 
Coordenadoria de Comunicação Social do TJMT  
imprensa@tjmt.jus.br
 

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

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