O Departamento de Estado dos Estados Unidos pediu ” moderação ” da China nos exercícios militares ao redor de Taiwan . As atividades começaram na manhã deste sábado em represália ao encontro entre a presidente da ilha asiática, Tsai Ing-wen, e o presidente da Câmara dos Deputados americana, Kevin McCarthy, na quarta-feira na Califórnia.
Segundo as Forças Armadas chinesas, as manobras durarão três dias.
“Este é um alerta severo para as atividades provocativas das forças secessionistas da ‘independência de Taiwan ‘ e seu conluio com forças externas, e um movimento necessário para salvaguardar a soberania nacional e a integridade territorial”, pontuou o porta-voz chinês.
Os Estados Unidos afirmaram que estão “monitorando de perto as ações de Pequim”.
“Nossos canais de comunicação com a República Popular da China seguem abertos e sempre temos pedido moderação e que não se mude o status quo”, disse em nota um porta-voz do Departamento de Estado americano.
“Estamos confiantes em que contamos com recursos e capacidade suficientes na região para garantir a paz e a estabilidade e honrar nossos compromissos de segurança nacional”, completou.
“O exercício de hoje [sábado] se concentra na capacidade de tomar o controle do mar, o espaço aéreo e da informação para criar uma dissuasão e um cerco total de Taiwan”, justificou a China em nota.
Nas redes sociais, o presidente da Câmara dos EUA afirmou que as relações entre o povo norte-americano com a população taianesa “nunca foi tão forte” ao postar uma foto ao lado de Tsai.
Violação territorial
O Ministério de Relações Exteriores da China afirmou, na última quinta-feira (6), que as relações oficiais mantidas entre os Estados Unidos e Taiwan violam “gravemente” a integridade territorial do país asiático.
De acordo com Mao Ning, porta-voz do ministério, os norte-americanos se aproximam de autoridades taiwanesas com o intuito de conspirar com “atividades políticas dos separatistas” que buscam a independência da Taiwan em relação à China.
“Esta é uma violação grave do princípio de Uma Só China e das disposições dos três comunicados conjuntos China-EUA. Infringe gravemente a soberania e a integridade territorial da China e envia um sinal flagrantemente errado às forças separatistas da “independência de Taiwan”, disse a porta-voz.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.