O Departamento de Justiça dos Estados Unidos abriu uma investigação sobre dois vazamentos de documentos secretos, publicados em redes sociais e em sites “anônimos”, que trazem informações sobre a guerra na Ucrânia e sobre assuntos de segurança nacional. Além da pasta, também o Pentágono investiga o caso.
Segundo o jornal “The New York Times”, os textos publicados no 4chan mostram dados para muito além da guerra ucraniana.
Haveria documentos sobre análises sensíveis sobre a China, sobre o teatro militar indo-pacífico, o Oriente Médio e a situação do terrorismo em vários países.
Uma das fontes ouvidas pelo jornal ainda afirma que esse vazamento “é uma crise para o Five Eyes”, como é chamado o grupo formado por EUA, Grã Bretanha, Austrália, Nova Zelândia e Canadá.
Já Mick Mulroy, um ex-alto diretor do Pentágono, chamou o caso de “significativa violação da segurança” e disse ao portal que isso pode trazer “obstáculos” sobre o andamento da guerra.
Neste sábado, o NYT publicou que a segunda fuga de notícias revela não só a forte capacidade militar norte-americana, mas também que a Inteligência do país está espionando novamente seus aliados, como no caso de líderes ucranianos e da Coreia do Sul.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.