O Departamento de Defesa dos Estados Unidos revelou que o país entrou em acordo judicial com Khalid Sheikh Mohammed, Walid Bin ‘Attash e Mustafa al Hawsawi, acusados como mentores do ataque de 11 de setembro de 2001.
Depois de mais de dois anos de negociação, os promotores dos EUA concordaram em revogar a pena de morte do trio. Em troca, haverá declaração de culpa em audiência que deve ocorrer na primeira semana de agosto.
Com a declaração, os homens assumem culpa de 2.976 pessoas morta durante o atentado de 11 de setembro . A alternativa seria um julgamento longo, polêmico e complicado contra os três.
Julgamento de Mohammed
A luta contra Mohammed começou em 2008. O homem foi acusado de:
conspiração,
assassinato em violação da lei da guerra,
ataque a civis,
ataque a bens civis,
causar intencionalmente lesões corporais graves,
destruição de propriedade em violação da lei da guerra e terrorismo,
apoio material ao terrorismo.
Inicialmente, a ideia era pedir pena de morte. O julgado, porém, foi adiado em meio a polêmicas de torturas de prisioneiros da CIA. Finalmente, o julgamento foi marcado para 11 de janeiro de 2021, quase 20 anos depois do atentado, e atrasou por conta da Pandemia.
Agora, os acusados participarão da audiência para confissão e, posteriormente (provavelmente no começo de 2025), receberão uma sentença que não a pena de morte.
Trechos da carta
O anúncio da decisão de derrubar a pena de morte foi enviado para famílias das vítimas e a sobreviventes em uma carta da Justiça dos EUA (posteriormente, houve declaração à imprensa). Leia alguns trechos:
“ Reconhecemos que a situação do caso em geral, e esta notícia em particular, irá suscitar, de forma compreensível e apropriada, intensa emoção, e também percebemos que a decisão de celebrar um acordo pré-julgamento será recebida com reações mistas entre os milhares de familiares que perderam entes queridos.”
“A decisão de celebrar um acordo pré-julgamento após 12 anos de litígio pré-julgamento não foi tomada de ânimo leve; no entanto, é nosso julgamento coletivo, fundamentado e de boa fé que esta resolução é o melhor caminho para a finalidade e a justiça neste caso”.
“Durante as audiências de sentença neste caso, pode haver uma oportunidade para um membro da sua família testemunhar sobre o impacto que os ataques de 11 de setembro tiveram sobre você e seus entes queridos, e fornecer uma declaração sobre o impacto da vítima que será considerada pelo júri militar na determinação de uma sentença.”
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.