Os Estados Unidos realizaram negociações secretas com o Irã para pedir o fim dos ataques houthis no Mar Vermelho, segundo autoridades americanas e iranianas, citadas pelo jornal Financial Times.
De acordo com a publicação desta quinta-feira (14), o governo de Joe Biden está tentando convencer Teerã a usar sua influência sobre os rebeldes do Iêmen para pôr fim aos ataques a navios no Mar Vermelho.
As negociações, durante as quais Washington também teria expressado preocupação com a expansão do programa nuclear do Irã, teriam ocorrido em Omã, em janeiro, e seriam as primeiras entre os dois países em 10 meses.
Apesar da notícia, uma fonte informada sobre o assunto disse à agência iraniana IRNA que “as trocas indiretas de mensagens” entre o Irã e os Estados Unidos não dizem respeito à questão dos ataques contra navios comerciais, mas estão relacionadas ao renascimento do acordo nuclear de 2015.
O relato desmente o artigo do Financial Times. “Os Estados Unidos têm um histórico de campanhas de propaganda para tentar remediar as suas falhas diplomáticas, enquanto a troca de mensagens e conversações indiretas têm sido dedicadas à negociação para remover sanções contra o Irã”, diz a fonte.
Conforme a declaração, as negociações são parte de uma possível retomada do tratado nuclear, do qual o governo americano se retirou em 2018, impondo sanções contra Teerã, por decisão do ex-presidente Donald Trump.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.