“Estamos mais perto do que nunca de um acordo para um cessar-fogo” em Gaza e da libertação dos reféns mantidos pelo Hamas no enclave palestino desde o ataque sem precedentes de 7 de outubro a Israel, afirmou o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, em uma coletiva de imprensa.
De acordo com o norte-americano, existe uma “boa proposta para ambas as partes” e os dois lados “devem aceitá-la” para que possa ser implementada. Kirby destacou que o governo dos EUA permanece comprometido com uma “diplomacia intensa” para evitar uma nova escalada depois que o Irã ameaçou se vingar pela morte do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh.
“Se houver uma escalada no Oriente Médio, os Estados Unidos estão prontos para defender Israel e a nós mesmos, conforme apropriado”, garantiu o porta-voz. O medo de uma resposta iraniana contra Israel ainda é grande, mas funcionários da Casa Branca acreditam que os esforços do presidente dos EUA, Joe Biden, para controlar o Irã após o assassinato de Haniyeh, em Teerã, estão dando frutos e a República islâmica pode reconsiderar o seu “pesado” plano de resposta, informou o jornal “Washington Post”.
Por sua vez, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que o país está “caminhando para a vitória” e os cidadãos israelenses “estão em alerta”. “Estamos preparados tanto para a defesa quanto para o ataque, estamos atacando nossos inimigos e também estamos determinados a defender nós mesmos”, declarou ele, que visitou a base de recrutamento do exército de Tel Hashomer.
Já o comandante do Exército iraniano, Abdolrahim Mousavi, reforçou que “a gangue criminosa sionista não respeita quaisquer regras ou leis e certamente receberá uma resposta dura do Irã por matar o líder do Hamas, Ismail Haniyeh”.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.