John Kirby, porta-voz dos Estados Unidos para assuntos internacionais, disse que “nossa paciência está se esgotando” com o fato da Venezuela não ter divulgado ainda os dados sobre reeleição de Nicolás Maduro como presidente.
Em conferência de imprensa, Kirby reclamou sobre a situação: “A nossa paciência e a da comunidade internacional estão se esgotando enquanto aguardamos que as autoridades eleitorais venezuelanas se esclareçam e divulguem os dados detalhados sobre esta eleição.”
O Conselho de Segurança Nacional ainda comentou sobre a falta de clareza e “integridade” das eleições venezuelanas: “A eleição presidencial de 2024 na Venezuela não atendeu aos padrões internacionais de integridade eleitoral e não pode ser considerada democrática”.
Outras preocupações de Kirby, segundo o discurso, incluem “relatos de vítimas, violência e prisões, incluindo os mandados de prisão que Nicolás Maduro e seus representantes emitiram hoje para líderes da oposição.”
Centro Carter se posiciona negativamente
Mais cedo, o Centro Carter (centro dos EUA voltado a observar eleições e mediar crises internacionais, assim como supervisionar democracia e direitos humanos) também se posicionou sobre a situação na Venezuela.
“O Centro Carter não pode verificar ou corroborar os resultados da eleição declarados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), e a falha da autoridade eleitoral em anunciar resultados desagregados por seção eleitoral constitui uma grave violação dos princípios eleitorais”.
Outros problemas, de acordo com o centro, incluem dificuldades impostas a eleitores dentro e fora da Venezuela, restrições de Maduro a Edmundo González, rival na corrida; falta de transparência, entre outros.
O que está acontecendo na Venezuela?
A Venezuela teve as eleições nos últimos finais de semana. O CNE anunciou que Nicolás Maduro foi reeleito com mais de 51% de votos.
Porém, os órgãos oficiais do país se recusam a divulgar atas e listas de votação. Diversas nações do mundo todo acreditam que a votação foi fraudada e exigem provas da eleição de Maduro.
Maduro e Urrutia votam em Caracas Montagem/Reprodução
Estátua de Hugo Chávez é derrubada por manifestantes na Venezuela Reprodução/redes sociais
Protestos na Venezuela acontecem após a vitória de Maduro Reprodução
Protestos na Venezuela ganham força após a reeleição de Maduro Reprodução
Atos na Venezuela têm 749 presos, sete mortos e 48 policiais feridos Agência Brasil
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.