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EUA anunciam manobra militar na Guiana em meio à tensão com Venezuela

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Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, exibindo o 'novo mapa' do país, com a anexação de Essequibo
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Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, exibindo o ‘novo mapa’ do país, com a anexação de Essequibo

Aviões militares dos Estados Unidos vão sobrevoar a Guiana – especialmente a região de Essequibo – nesta quinta-feira (7), em parceria com a Força Aérea guianesa. O anúncio de Washington representa a primeira reação estadunidense à reivindicação da região de Essequibo, que é controlada pela Guiana (parceiro militar dos EUA desde 2022), por parte da Venezuela.

“Este exercício baseia-se no envolvimento e nas operações de rotina para melhorar a parceria de segurança entre os Estados Unidos e a Guiana e para reforçar a cooperação regional”, declarou a Embaixada dos EUA na Guiana, em comunicado.

Além disso, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, ligou para o presidente guianês, Irfaan Ali, reforçando o apoio dos EUA à Guiana, falando inclusive em debater a “cooperação robusta” dos EUA na área de segurança no país latino.


Disputa por território e recursos

Essequibo é uma área vasta, maior que o estado brasileiro do Ceará, e rica em recursos naturais como petróleo e ouro .

O conflito por conta da região de Essequibo remonta ainda do século 19, durante o processo de criação da Guiana, que é uma ex-colônia do Reino Unido.

Essequibo corresponde a mais de dois terços da Guiana. Parte do território também faz fronteira com o norte do Brasil (Pará e Roraima).

A Corte Internacional do Tribunal de Haia, órgão judiciário da Organizações das Nações Unidas (ONU), concedeu uma liminar na sexta-feira (1º) determinando que a soberania territorial da Guiana deve ser mantida.

O presidente dos EUA, Joe Biden, enviou militares do alto escalão do Comando Militar do Sul dos EUA à Guiana, para debater estratégias de defesa e a construção de uma base militar em Essequibo.


A interferência dos EUA nesse cenário passou a crescer a partir de 2015, quando a empresa petrolífera estadunidense ExxonMobil passou a explorar a região de Essequibo, onde encontrou diversas reservas que transformando a economia local.

Isso fez com que a Guiana despontasse na exploração de jazidas de petróleo, mudando a economia local. Só no ano passado, a economia do país cresceu 62%, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), o que representa a maior taxa do mundo.

Dois dias depois, o país governado por Nicolás Maduro realizou um referendo em que a proposta de reivindicar e anexar a região de Essequibo ao território venezuelano teve apoio de 95% da população.

O referendo tinha apenas caráter consultivo, e não significa que a Venezuela esteja autorizada a anexar Essequibo, mas Caracas considera a votação como mais um passo na direção de tomar o controle da região.

Após o resultado, o presidente Nicolás Maduro disse que essa votação “fará o governo “recuperar o que os libertadores nos deixaram”. Ele se referia à reivindicação histórica na Venezuela do território que era originalmente do país e foi ilegalmente anexado pelo Reino Unido, de quem a Guiana é ex-colônia.

Após o referendo, o presidente da Guiana, Irfaan Ali, afirmou que “não há o que temer”, enquanto o ministro do Trabalho, Deodat Indar, disse que o governo não vai tolerar invasão ao seu território.

A secretária de América Latina e Caribe do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, Gisela Padovan, afirmou esperar uma “solução pacífica” e disse que o Itamaraty dialoga com ambos os países.

Já o presidente Lula pediu “bom senso” aos envolvidos na disputa, convocou o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, para debater a situação e confirmou uma viagem à Guiana em 2024. Paralelamente, blindados foram enviados pelo Exército à fronteira brasileira com Essequibo.

Fonte: Internacional

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MUNDO

Putin confirma encontro com Xi Jinping na Rússia em outubro

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Foto da agência russa Sputnik mostra o presidente russo Vladimir Putin e o homólogo chinês Xi Jinping em Astana, em 3 de julho
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Foto da agência russa Sputnik mostra o presidente russo Vladimir Putin e o homólogo chinês Xi Jinping em Astana, em 3 de julho


O presidente da Rússia, Vladimir Putin,  confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.

O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.

De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.

Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.

“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.

O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.

A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.

Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.

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Fonte: Internacional

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