Os Estados Unidos informaram nesta sexta-feira (7) que enviaram munições de fragmentação à Ucrânia, país que foi invadido pela Rússia e que está em guerra desde fevereiro de 2022.
Este tipo de munição é conhecido como cluester, e o envio para Kiev foi autorizado pelo presidente Joe Biden. De acordo com Jake Sullivan, conselheiro de Segurança Nacional norte-americano, os ucranianos afirmaram que vão minimizar os riscos que estes projéteis podem apresentar contra civis.
Ele afirmou que serão necessárias ações de desminagem após a utilização deste tipo de munição, e justificou o envio pontuando que o país liderado por Zelensky precisa sustentar suas operações contra Moscou na contraofensiva.
“A Ucrânia precisa de artilharia para sustentar suas operações ofensivas e defensivas. A artilharia está no centro deste conflito”, ressaltou Sullivan. Posteriormente, ele disse que a Rússia está utilizando munições cluester desde o início da guerra.
Os projéteis de fragmentação são alvo de muitas críticas por parte de instituições voltadas aos direitos humanos. Isso porque, após explodirem em um primeiro momento, essas munições espalham bombas menores que podem tanto detonar imediatamente, como ficarem alojadas e terem um efeito semelhante a minas terrestres.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.