O governo americano disse nesta terça-feira (1º) que o grupo de mercenários russos Wagner não representa uma ameaça para a Polônia nem para países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
“Não temos indicação de ameaças à Polônia ou outros aliados da Otan por parte do grupo Wagner”, declarou o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional americano, John Kirby, em coletiva de imprensa.
De acordo com Kirby, citando informações de Washington, alguns dos mercenários “foram para a África, outros permaneceram na Ucrânia e outros ainda deslocaram-se para Belarus”.
A declaração é dada no dia em que o presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, disse que “as iminentes eleições políticas, marcadas na Polônia para o final deste ano, podem ter influenciado as avaliações sobre a ameaça representada pelos mercenários Wagner em Belarus”.
Já o presidente da Comissão de Defesa do Parlamento da Lituânia, Lauryanas Kasciunas, destacou a necessidade de manter a guarda e se preparar para possíveis provocações e ataques híbridos, além de reiterou a influência da campanha eleitoral nas avaliações do governo polonês.
“A presença das tropas de Wagner em Belarus representa mais um fator de risco que, no entanto, ficará vinculado a uma série de decisões futuras. Ainda não sabemos como os mercenários estarão armados e que mandato terão”, concluiu Kasciunas.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.