Os Estados Unidos estão aconselhando Israel a adiar a ofensiva terrestre na Faixa de Gaza para garantir melhor negociação de reféns, diz a agência Reuters.
Biden já destacou que os Estados Unidos não estão por trás da estratégia de Israel, e que é o próprio país que deve decidir em qual momento iniciar a incursão em Gaza, mas Washington, o Pentágono e o Departamento de Estado estão articulando uma possível contenção do conflito.
“Estou conversando com os israelenses”, disse Joe Biden no sábado (21), quando perguntado se estaria encorajando Israel a adiar a incursão. O motivo da tentativa, além da crise humanitária que se agrava cada vez mais no território, é tentar ganhar mais tempo na intermediação sobre a liberdade de reféns do Hamas.
Entre sexta-feira (20) e esta segunda-feira (23), duas reféns britânicas e duas reféns israelenses foram soltas. A probabilidade é de que o Hamas esteja mantendo mais de 200 reféns no território de Gaza.
Os ataques aéreos de Israel em Gaza já somam mais de 5.000 vítimas, e caminhões de ajuda humanitária estão tendo dificuldades para entrar na região. Milhões de palestinos estão sem acesso a recursos como água, alimento, combustível e gás por conta do cerco completo promovido por Israel.