A primeira-dama de Mato Grosso, Virginia Mendes, visitou a Aldeia Santa Clara, em Campinápolis, neste domingo (24.09), acompanhada do governador Mauro Mendes. A aldeia foi atingida por um incêndio de grande proporção no final da tarde de sexta-feira (22.09).
Também participaram da comitiva a secretária de Estado de Assistência Social e Cidadania (Setasc), Grasielle Bugalho, e o deputado estadual doutor Eugênio Paiva. A equipe foi recebida pelo prefeito José Bueno e pela primeira-dama do município Ana Lúcia e vereadores.
A primeira-dama Virginia Mendes foi responsável por mobilizar todo o apoio necessário para atender de maneira emergencial à aldeia com ajuda humanitária, logo que foi acionada pelo deputado estadual Dr. Eugênio.
“Fui escolhida como madrinha dos povos indígenas e me sinto responsável por eles, e não poderia deixar de vir pessoalmente atender meus irmãos. Agradeço as equipes da Setasc com toda a dedicação da secretária Grasielle, Defesa Civil, Secretaria de Segurança Pública, Corpo de Bombeiros, Ciopaer, Polícia Militar, a minha equipe Unaf, o prefeito José Bueno e a nossa querida primeira-dama Ana Lúcia que estavam aflitos com a situação”, afirmou a primeira-dama.
Ela também destacou a atenção do secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, do superintendente de Assuntos Indígenas e do governador Mauro Mendes.
“Gratidão ao secretário Fábio Garcia que não mediu esforços, ao superintendente de Assuntos Indígenas, que também se deslocou para a aldeia, ao meu esposo, governador Mauro Mendes, que já está tomando as providências necessárias para resolver a situação das famílias que perderam suas casas”, agradeceu Virginia Mendes.
“Eu ainda estou me recuperando, mas neste caso eu tinha que estar aqui e trazer um pouco do nosso carinho. Fiquei mais tranquila em saber que toda ajuda chegou rápido”, ratificou Virginia Mendes.
O prefeito Zé Bueno disse, emocionado, que ficou impressionado com tamanha eficiência.
“A gente sempre pode contar com a nossa primeira-dama de MT nas ações em prol do nosso povo. Eu nunca vi uma ação tão rápida da forma como foi essa. Vocês foram fundamentais”, comentou.
O governador Mauro Mendes fez o compromisso de providenciar ainda nesta semana em caráter emergencial o projeto para a reconstrução das casas.
“Garanto que essa semana eu já vou mandar o projeto para o Cacique Justino aprovar. Serão construídas nove casas e um refeitório, seguindo a tradição da arquitetura de vocês. Isso vai trazer mais qualidade de vida e conforto. Vamos fazer uma ação rápida aqui”, reforçou o governador.
“A primeira pessoa que veio à minha mente foi a senhora, dona Virginia. Falei com a senhora sobre a situação da aldeia e em questão de minutos a Casa Civil foi acionada. Enfim, ela mobilizou toda a estrutura do Governo para uma resposta rápida”, destacou o deputado estadual, Dr. Eugênio.
A secretária Grasielle Bugalho falou sobre a missão e agradeceu todo o cuidado da primeira-dama.
“Dona Virginia obrigada por ter nos avisado com rapidez e graças ao seu cuidado conseguimos entregar esse suporte com equipamentos, alimentos, roupas, cobertores e barracas. Agradeço todos os servidores que se colocaram à disposição e até voluntários, como aconteceu com os familiares que foram nos ajudar a fazer o carregamento. O Estado agiu rápido”.
De acordo com o levantamento do Corpo de Bombeiros, a Aldeia Santa Clara conta com uma população indígena de 300 pessoas e 70 delas moravam nas nove casas destruídas pelo fogo.
“Nós recebemos o chamado da secretária Grasielle, e até aquele momento não havíamos sido acionados pela Funai e nem pelo Ibama. Só para deixar claro: dentro das Terras Indígenas a responsabilidade é da Funai, porém quando eles não têm equipe para atender, ou seja, quando passa da capacidade deles, eles precisam nos acionar”, explicou o comandante do Corpo de Bombeiros coronel Alessandro Borges.
Cuiabá, que entre os dias 27 e 29 de novembro será palco para o 54º Fórum Nacional de Juizados Especiais (Fonaje), irá sediar a primeira edição do Fonajude, uma ação social especial voltada para a melhoria da qualidade de vida e acesso a direitos e serviços sociais básicos das comunidades que recebem o Fórum.
Nesta primeira edição, a comissão organizadora do Fonajude escolheu abraçar as “Obras Sociais Seara de Luz”, uma instituição filantrópica fundada em 11 de maio de 2018 e que, desde então, vem promovendo transformações sociais. Essa instituição dedica-se à promoção de ações que defendem e efetivam os direitos socioassistenciais para famílias e indivíduos em situação de vulnerabilidade socioeconômica.
Segundo a juíza Patrícia Ceni, representante do Judiciário mato-grossense na comissão organizadora da ação social, o Fonajude não apenas fortalece o Fórum Nacional dos Juizados Especiais, mas também promove a democratização e a justiça social, aspectos essenciais para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e inclusiva.
Conforme a magistrada, os inscritos no Fonaje são convidados a colaborar, seja por meio de contribuição voluntária, visitação ou simplesmente compartilhando esta causa com seus conhecidos. “Sua participação é fundamental. Juntos, podemos promover mudanças significativas, enraizar políticas sociais renovadas e fazer a diferença na vida de muitas pessoas. Vamos unir forças e mostrar que podemos construir um futuro melhor para todos.”
Também integram a Comissão os juízes(as) Ângelo Bianco (TJCE), Fernando Ganem (TJPR), Erick Linhares (TJRR), Márcia Mascarenhas (TJBA) e Beatriz Junqueira (TJMG).
Criação – A juíza Patrícia Ceni explica que a criação do Fonajude foi aprovada na última edição do Fonaje, realizada em Mato Grosso do Sul, em maio. “No primeiro momento, o nosso objetivo era a possibilidade de ajudar o Rio Grande do Sul com tudo aquilo que estava acontecendo. Colegas que estavam vindo e não podiam mais vir, toda a tragédia, a fome, as mortes, a ausência de alimentos, água, enfim, de absolutamente tudo. A iniciativa partiu justamente disso, da possibilidade de que, utilizando o Fonaje, que é um fórum nacional extremamente respeitado, formado por juízes de juizados do Brasil inteiro, nós pudéssemos ajudar os locais que vão sediar os dois encontros anuais que nós temos.”
A magistrada destacou que “Obras Sociais Seara de Luz” tem como uma de suas voluntárias a juíza Maria Rosi de Meira Borba, que é a presidente da Associação Mato-grossense de Magistrados (Amam) e juíza de um juizado especial, que é o Juizado Especial Criminal Unificado de Cuiabá. “Todo mundo conhece as obras da Seara de Luz e conhece a dedicação da Maria Rosi. Através da inscrição, tem ali um link que explica um pouco do que se trata e conclama a todas as pessoas que fizerem a sua inscrição a doarem qualquer valor para a instituição”, explica.
“É a primeira edição, a gente quer que isso se estabilize, se fortaleça e que a partir daqui de Cuiabá, que vai ser o marco inicial, ele seja algo que cresça, assim como o Fonaje, e se torne referência nacional, porém na parte social. É uma forma de todos nós magistrados que integramos o sistema, que é um sistema que prima pela celeridade, pela simplicidade, pela informalidade, de ajudar as comunidades que nos recebem, e de alguma forma mudar a vida dessas comunidades, nem que seja através da doação de tempo de qualidade ou da doação de algum valor que possa ser empregado em um projeto muito maior.”