O Governo de Mato Grosso lançou, nesta terça-feira (11.07), o programa Integridade MT, que estabelece mecanismos e ferramentas voltados a eliminar ou mitigar os riscos de desvio de conduta no âmbito do Poder Executivo estadual.
Elaborado pela Controladoria Geral do Estado, o programa será implementado em todas secretarias e órgãos de Estado, visando a multiplicação da cultura da integridade no serviço público.
O governador Mauro Mendes destacou que a iniciativa fomenta a prática de princípios como ética e moralidade entre os servidores públicos, resultando em mais eficiência nos serviços destinados à população.
“Se queremos ser um Estado que oferece qualidade de vida ao cidadão, temos que ter princípios e valores que sejam maiores do que qualquer uma das pessoas que aqui estejam. Trabalhar a ética, moralidade, integridade, correta aplicação do dinheiro e eficiência no serviço público é essencial para devolvermos à sociedade aquilo que ela espera de todos nós”, manifestou.
De acordo com o secretário-controlador geral do Estado (CGE), Paulo Farias, o objetivo da iniciativa é garantir que a administração pública cumpra seu papel de entregar políticas públicas de forma adequada, imparcial e eficiente, por meio da redução de riscos de desvios de conduta e da transformação cultural no serviço público.
“A cultura da integridade promove gestão transparente e responsável e o resultado são melhores decisões, maior eficiência e uso adequado dos recursos públicos. Este é mais um passo na direção de um Mato Grosso moderno, sustentável, competitivo, inclusivo, socialmente justo e íntegro”, observou. O secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, ressaltou a importância do programa para o serviço público.
“Integridade é, sem dúvida, o pilar essencial da eficiência, que tanto temos cobrado no Governo de Mato Grosso. Não há como se alcançar a eficiência sem integridade nas nossas ações, economicidade e velocidade. Espero que essa seja uma política de Estado, para que possamos implantar no Governo uma nova governança, produzindo mais resultados para a sociedade”, avaliou.
O conselheiro Valter Albano, do Tribunal de Contas do Estado (TCE), parabenizou o Governo de Mato Grosso pela implantação do programa e afirmou que o programa Integridade MT marca uma mudança na atuação da CGE, que troca o foco de um trabalho punitivo para ações preventivas.
“Fiquei encantado de ver a rapidez com que o Governo produziu, sob liderança da CGE, esse programa para implantar nos órgãos públicos aquilo que a sociedade entende que é o fundamental, que é a integridade. É muito bom ver essa iniciativa e essa busca de transformação cultural”, comentou.
A fala foi ratificada pelo senador Mauro Carvalho, que esteve à frente da Casa Civil durante a elaboração do programa. Carvalho ressaltou a mudança na atuação da CGE e afirmou que a Controladoria está alinhada às premissas da gestão do governador Mauro Mendes, de garantir mais eficiência para os cidadãos.
“A Controladoria tem que atuar de forma preventiva, porque, depois do ato consumado, os impactos negativos são imensuráveis. A CGE vem para ensinar e contribuir com a gestão pública e com entrega de resultados para a população, alinhada àquilo que o governador Mauro Mendes propõe desde o início do mandato. Vivemos um momento muito especial em Mato Grosso e, para isso, os servidores públicos fazem total diferença na administração”, finalizou.
O programa
O Integridade MT é um conjunto estruturado de medidas institucionais voltadas para a prevenção, detecção, punição e remediação de fraudes e atos de corrupção no Poder Executivo Estadual, em alinhamento às premissas de boas práticas e eficiência adotadas pela gestão Mauro Mendes.
O programa se baseia nos cinco eixos de integridade previstos na Lei 10.691/2018, sendo eles: 1) Apoio da alta direção e fortalecimento da instância interna de integridade; 2) Análise e gestão de riscos; 3) Políticas e procedimentos; 4) Comunicação e treinamentos; e 5) Monitoramento e remediação.
A Controladoria Geral do Estado (CGE) dará orientações e suporte técnico e metodológico para a implementação da cultura de integridade, sendo que cada órgão e secretaria de Estado deverá estruturar um Plano de Integridade. O documento aponta os riscos de falha de integridade e organiza e detalha as medidas que serão adotadas para prevenir e remediar as situações.
A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.
A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.
De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.
A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.
Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.