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MATO GROSSO

Estudo visa aumentar área irrigada em MT e garantir desempenho da produção agrícola em período de seca

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Um estudo encomendado pelo Governo do Estado irá identificar o potencial das águas subterrâneas e águas superficiais (rios, lagos), em Mato Grosso, visando aumentar a área da agricultura irrigada para garantir a produção de grãos, diante da redução gradativa das chuvas desde o ano 2000. O levantamento será feito pelo Instituto Mato-grossense de Feijão, Pulses, Grãos Especiais e Irrigação (Imafir), em parceria com a Universidade Federal de Viçosa e a Universidade do Nebraska.

O trabalho começará pela região de Primavera do Leste, na bacia do Rio das Mortes, e em Sorriso, na Bacia do Alto Teles Pires. A previsão de duração é dois anos.

O governador Mauro Mendes afirmou que as mudanças climáticas já começaram a impactar a forma de produzir e que é preciso adotar medidas para que o Estado continue sendo líder na produção de grãos.

“Queremos que esse estudo seja executado o mais rápido possível. Temos uma clara perspectiva de mudança no regime de chuvas, e a ciência confirma essa situação. Estamos em um cenário no qual precisamos conhecer nossas potencialidades na irrigação, avançar e nos manter na liderança da produção de grãos”, completou.

O presidente do Imafir, Otávio Palmeira, afirmou que a ação do Estado demonstra a preocupação com toda a cadeia da produção de alimentos.

“Mauro Mendes é um governador de visão que todo gestor público devia ter. Eu tenho certeza que com essa participação do governo do Mato Grosso nos apoiando, vamos aumentar a área da agricultura irrigada no Estado, que hoje é de 180 mil hectares. Isso também demonstra a preocupação da produção de alimentos para o Brasil e para o mundo. O nosso país alimenta aproximadamente de 20% a 25% da população mundial e com a irrigação, nós poderemos ofertar muito mais alimentos”, disse.

O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, destacou que os estudos vão ajudar a Mato Grosso a desenvolver uma legislação ambiental de irrigação para o estado, de forma sustentável e com responsabilidade.

“Ao atingir todas as metas colocadas como possível no estudo para daqui 30 anos, a gente terá dobrado a nossa produção e garantido a segurança ambiental do mundo. Esse é o governo que constrói políticas econômicas junto com a iniciativa privada”, declarou.

Chuvas mais escassas

As altas temperaturas durante todo o ano e a estação chuvosa tem garantido duas culturais anuais – 1ª e a 2ª safra – em Mato Grosso. Contudo, a mudança no regime de chuvas que cada vez pode prejudicar a segunda safra, que inicia geralmente em março após a colheita da soja, a principal cultura do Estado.

Conforme o professor da Universidade Federal de Viçosa (UFV) e consultor do Imafir, Everardo Montovani, o regime de chuvas tem reduzido desde o ano 2000 . O volume de 200 mm reduziu para 180 mm.

“Menos do que 180 mm indica a perda total ou quase total da segunda safra e as projeções futuras são de um volume ainda menor. Se isso permanecer, vamos voltar a ter safra única”, alertou o pesquisador.

Para aumentar o ritmo de produção de 100 milhões de toneladas de grãos como está a previsão para o fechamento da safra 2022/2023, conforme o 11º Levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgado no dia 10 de agosto, Mato Grosso pode utilizar de 2 milhões a 12 milhões de hectares de áreas irrigadas.

“A expansão da irrigação sujeita à disponibilidade hídrica. Dois milhões de hectares são necessários para contrapor o cenário chuvoso de redução da produtividade da 2ª safra. Já os 12 milhões de hectares irrigados permitem o cultivo duplo independentemente da duração da futura estação chuvosa”, pontuou.

Além de garantir a 2ª safra, a agricultura por irrigação poderá garantir uma 3ª safra que pode ser de feijões e pulses (ervilhas, grão de bico, lentilha e etc), com plantio durante o período da seca e colheita antes do início do ciclo da soja.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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