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Agronegócio

Estudo propõe expansão sustentável no Matopiba com foco em áreas degradadas para evitar desmatamento

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A região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), com uma área de 73 milhões de hectares, vem se consolidando como uma das maiores fronteiras agrícolas do Brasil, representando cerca de 12% da produção nacional de soja. No entanto, a expansão da soja enfrenta desafios significativos, como a pressão sobre áreas de vegetação nativa e a valorização crescente das terras, fatores que tornam a expansão sustentável uma prioridade tanto para o setor agrícola quanto para ambientalistas.

Um estudo recente conduzido pela Fundação Solidaridad, analisou possibilidades para um modelo de crescimento sustentável da soja na região. Em vez de avançar sobre áreas de vegetação nativa, a pesquisa sugere focar em áreas já abertas e degradadas, como pastagens, para aumentar a produtividade. Segundo a Fundação Solidaridad, esse modelo poderia evitar o desmatamento e gerar benefícios econômicos para os produtores e para o meio ambiente.

O estudo apresenta diversas opções para promover práticas agrícolas de baixo impacto ambiental, como o uso de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) e créditos de carbono. Esses mecanismos financeiros poderiam oferecer incentivos para produtores que adotam práticas sustentáveis, como o Sistema de Plantio Direto (SPD) e a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), tecnologias que ajudam a manter o carbono no solo e aumentam a produtividade sem a necessidade de novas áreas de plantio.

Apesar dos avanços em sustentabilidade, o estudo alerta para o alto custo das terras no Matopiba, o que pode levar alguns produtores a considerar a expansão para áreas de vegetação nativa. O crédito rural, que teve um aumento de 88% nos últimos quatro anos-safra, ainda carece de direcionamento específico para práticas sustentáveis, segundo Camila Santos, especialista em carbono e coautora do estudo. Ela destaca a importância de políticas públicas que priorizem investimentos em áreas já abertas, especialmente para mitigar a pressão sobre o Cerrado.

A implementação de políticas públicas eficazes é fundamental para viabilizar a sustentabilidade na expansão da soja. Essas políticas poderiam facilitar o acesso ao crédito rural para práticas sustentáveis, além de incentivar a conversão de pastagens degradadas em áreas produtivas. Assim, a expansão agrícola no Matopiba se tornaria não só financeiramente viável, mas também ecologicamente responsável, contribuindo para a preservação da biodiversidade local.

Com a demanda global por soja crescendo, principalmente de mercados que exigem garantias de sustentabilidade, o Matopiba tem o potencial de se destacar como uma região produtiva e responsável. Segundo o estudo, adotar essas estratégias ajudaria o Brasil a atender às exigências ambientais internacionais, além de fortalecer o desenvolvimento econômico local.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Agricultura digital deve crescer 183% e alcançar R$ 48,55 bilhões até 2026

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A agricultura digital está se consolidando como uma das principais aliadas do setor agrícola, promovendo inovações e sustentabilidade em toda a cadeia de produção. Segundo a consultoria 360 Research & Reports, o mercado global de agricultura digital deve crescer 183% em relação a 2019 e alcançar R$ 48,55 bilhões até 2026, com uma taxa de crescimento média de 15,9% ao ano. Esse avanço reflete a adoção crescente de tecnologias que integram software, hardware e inteligência de dados para otimizar a produção, desde o plantio até o consumo final.

No Brasil, a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), organização social vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), apoiou 94 projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) no programa Brasil Mais Produtivo, somando R$ 94,9 milhões em investimentos entre novembro de 2023 e agosto de 2024. Esses projetos têm ajudado empresas, incluindo micro e pequenas, a incorporar tecnologias como inteligência artificial, robótica e sensores IoT para melhorar o rendimento das lavouras, reduzir desperdícios e promover práticas mais sustentáveis.

PRECISÃO – A agricultura de precisão é um dos principais focos da agricultura digital, com o uso de sensores, GPS e drones para monitorar em tempo real as condições das plantações, como umidade do solo e presença de pragas. Equipamentos modernos ajustam automaticamente o uso de fertilizantes e irrigação, o que permite uma aplicação mais eficiente e reduz o impacto ambiental. Essas intervenções garantem colheitas mais saudáveis e de melhor qualidade, otimizando os recursos naturais.

Além disso, o uso de dados e inteligência artificial permite prever o rendimento das safras e ajustar a produção à demanda do mercado, evitando superprodução e desperdício de alimentos. As tecnologias digitais também possibilitam uma gestão eficiente da cadeia de suprimentos, otimizando o armazenamento e o transporte dos produtos, reduzindo perdas e aumentando a durabilidade dos alimentos no mercado.

A adoção de práticas digitais no campo também tem efeitos positivos sobre o meio ambiente. Tecnologias de agricultura de precisão minimizam o uso de água e insumos químicos, ajudando a proteger o solo e a biodiversidade local. Equipamentos guiados por GPS, por exemplo, reduzem o uso de combustível e as emissões de gases de efeito estufa, contribuindo para uma menor pegada de carbono nas operações agrícolas.

Ferramentas como o plantio direto e a rotação de culturas, apoiadas por tecnologia digital, fortalecem a saúde do solo e aumentam a captura de carbono, fundamentais para a sustentabilidade no campo. Sensores monitoram o ambiente e permitem ajustes em tempo real, ajudando os agricultores a manter o solo fértil e produtivo.

O mercado de tecnologias digitais aplicadas ao agro tem ganhado destaque em diversas regiões do mundo, com um crescimento acelerado na América do Norte, Europa e Ásia-Pacífico. No Brasil, o setor caminha para integrar ainda mais a agricultura tradicional com práticas modernas e sustentáveis, buscando atender às demandas globais e aumentando a competitividade no mercado internacional.

Ao unir tradição e inovação, a agricultura digital oferece soluções para uma produção mais eficiente, sustentável e adaptada às exigências do futuro. Este movimento não só aumenta a produtividade e a qualidade dos alimentos, como também fortalece o compromisso com a preservação ambiental e a segurança alimentar.

Fonte: Pensar Agro

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