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Agronegócio

Estudo mostra potencial agro mineral do Tocantins

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Um estudo do Serviço Geológico do Brasil (SGB), indica que o Tocantins tem potencial para agromineral para ajudar o Brasil a reduzir a dependência de fertilizantes importados, que hoje representam 85% do consumo nacional.

O estado, conhecido por sua diversidade geológica, foi escolhido para o programa Mineração Segura e Sustentável, que busca avaliar o uso de rochas agrícolas como fontes de nutrientes para o solo.

O informe analisou 326 amostras de rochas de diferentes áreas do Tocantins, destacando algumas com potencial para uso agrícola:

  • Garimpos de esmeraldas em Monte Santo: Os biotita-xistos encontrados contêm nutrientes como potássio, magnésio, cálcio, ferro e manganês.
  • Mineração Rodolita em São Valério da Natividade: Rochas como biotititos e flogopititos oferecem potássio, silício e outros minerais essenciais.
  • Basaltos no nordeste do estado: Essas rochas são ricas em cálcio, magnésio, níquel e manganês.
  • Paragnaisses da Formação Xambioá: O pó de brita produzido na região é uma fonte valiosa de potássio, magnésio e ferro.

Além dessas, há depósitos de rochas fosfatadas, gipsita e calcário, fundamentais para correção da acidez do solo e melhoria da fertilidade.

A dependência de fertilizantes importados tem aumentado devido à demanda crescente, preços mais baixos e preparação para uma safra robusta. Entre janeiro e setembro de 2024, o Brasil importou 10,9% mais fertilizantes do que no mesmo período do ano anterior, totalizando 4,6 milhões de toneladas apenas em setembro.

Conflitos geopolíticos, como a guerra no Oriente Médio, também impactaram a logística de importação. O Plano Nacional de Fertilizantes (PNF), lançado em 2022, busca reverter esse cenário, reduzindo a importação de 85% para 45% até 2050.

Apesar do potencial identificado, o SGB ressalta a necessidade de estudos agronômicos para validar a eficiência dessas rochas em diferentes solos e culturas. O uso de remineralizadores de solo, como os derivados das rochas estudadas, é apontado como uma solução sustentável e econômica, capaz de fornecer nutrientes de forma natural e reduzir a dependência de insumos importados.

Com esse estudo, Tocantins não só reafirma sua importância na agricultura brasileira como também pode se tornar referência na produção de fertilizantes sustentáveis, impulsionando o agronegócio e promovendo a economia local e nacional.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Golpe bilionário: produtores precisam se precaver contra golpes ao vender a safra

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A venda de produtos agrícolas exige atenção redobrada para evitar golpes e fraudes que podem comprometer o trabalho de uma safra inteira. Recentemente, uma operação policial em Rio Verde, Goiás, revelou um esquema criminoso que prejudicou produtores de grãos e evidenciou as vulnerabilidades no setor. Numa das regiões mais ricas do país, empresas de fachada compravam milho, soja e algodão – e não pagavam os produtores rurais. Segundo a polícia, entre  2021 e 2024 as empresas fizeram movimentações suspeitas de aproximadamente 1 bilhão e 200 milhões de reais. As investigações apontam que o valor do prejuízo sonegado, no entanto, é bem maior: R$ 19 bilhões.

Este caso serve de alerta para os agricultores adotarem medidas preventivas e protegerem seus negócios. Um dos principais métodos utilizados pelos criminosos envolve a criação de empresas de fachada e a emissão de notas fiscais falsas. Essas práticas permitem que grupos fraudulentos realizem compras de grandes volumes de grãos, como soja, milho e algodão, sem honrar os pagamentos. Em muitos casos, não entregam as cargas adquiridas ou o fazem de forma incompleta, gerando prejuízos significativos para os produtores.

Os recursos obtidos de forma ilícita são ocultados por meio de transferências para contas de empresas fantasmas, dificultando o rastreamento do dinheiro. A lavagem de dinheiro também envolve movimentações financeiras complexas, com participação de familiares e sócios dos envolvidos, ampliando o impacto negativo no setor.

Fraudes como essa não afetam apenas os produtores diretamente lesados. Elas também prejudicam a arrecadação fiscal e comprometem a economia de regiões inteiras. O Estado de Goiás, por exemplo, sofreu com a sonegação de impostos, o que impacta a capacidade de investimento em infraestrutura e serviços essenciais.

Medidas de Prevenção – Para evitar ser vítima de golpes, os produtores devem adotar práticas de segurança nas negociações. Confira algumas orientações:

  • Verificação de Credibilidade: Antes de fechar qualquer contrato, pesquise sobre a empresa compradora. Consulte registros, histórico de operações e avaliações de outros produtores.
  • Análise de Documentação: Certifique-se de que as notas fiscais e demais documentos são autênticos e estão em conformidade com a legislação vigente.
  • Contratos Formais: Estabeleça contratos claros e detalhados, especificando condições de pagamento, entrega e eventuais penalidades em caso de descumprimento.
  • Uso de Plataformas Seguras: Utilize sistemas de comercialização reconhecidos e confiáveis, que ofereçam suporte e segurança nas transações.

Caso o produtor suspeite de irregularidades, é fundamental acionar as autoridades competentes. Denúncias auxiliam na investigação e no combate a grupos criminosos, protegendo não apenas o agricultor, mas todo o setor.

O agronegócio é uma das bases da economia brasileira e precisa estar protegido contra fraudes e esquemas que possam comprometer sua estabilidade. Com informação, planejamento e prevenção, os produtores podem reduzir os riscos de prejuízos e assegurar o retorno justo pelo seu trabalho. Proteger o campo é proteger o futuro do Brasil.

Fonte: Pensar Agro

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