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MATO GROSSO

Estudantes participam de palestra sobre bullying e ciberbullying

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Estudantes da Escola Estadual Presidente Tancredo Neves, no município de São Félix do Araguaia, a 1.050 km de Cuiabá, participaram nesta segunda-feira (02) de um bate-papo com o Ministério Público do Estado de Mato Grosso sobre bullying e ciberbullying. O tema foi abordado pelo promotor de Justiça substituto Rodrigo Silva.

Durante a palestra, o promotor de Justiça substituto explicou aos estudantes que a principal diferença do bullying para o ciberbullying está nos métodos e ferramentas utilizados pelo praticante. “Enquanto o bullying ocorre no mundo real, o ciberbullying ocorre no mundo virtual”, disse.

Ele chamou a atenção dos alunos para o fato de que os excessos nas brincadeiras entre colegas na escola, tidas por muitos como situações típicas da idade, representam uma face cruel para as vítimas das ofensas “Não se trata de uma brincadeira, mas de um grave problema social que deve ser conhecido e combatido”, ressaltou.

O promotor de Justiça substituto lembrou que o baixo rendimento escolar, alterações extremas de humor e ausência na escola podem ser sinais de que o estudante esteja sendo vítima de bullying. Entre as consequências, segundo ele, estão o distanciamento dos amigos, perda da confiança, depressão e insegurança.

Para lidar com o bullying, Rodrigo Silva recomendou aos estudantes que mantenham a calma e não reajam de forma agressiva, pois isso pode piorar a situação. Além disso, destacou a importância de se buscar ajuda com alguém de confiança, da manutenção dos registros, da busca por apoio emocional e da realização de denúncias.

“A conscientização e o combate ao bullying perpassam o desenvolvimento do sentimento de empatia, a capacidade de se colocar no lugar do outro e imaginar seu sofrimento, pois cuidando-se uns dos outros, viveremos em um lugar mais gentil e acolhedor”, finalizou  Rodrigo Silva.
 

Fonte: Ministério Público MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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