O Tribunal de Justiça de Mato Grosso recebeu os acadêmicos do Centro Universitário de Várzea Grande (Univag) do 1º, 2º e 3º semestres do curso de Direito por meio do projeto Nosso Judiciário segunda-feira (29 de maio).
Durante a visita, os universitários fizeram um tour pelo Palácio da Justiça e conheceram um pouco sobre o funcionamento do Poder Judiciário. Também assistiram a uma sessão de julgamento presidida pelo desembargador Márcio Vidal.
Para o estudante do 1º semestre, Quelmer Willian Gonçalves Dias, esta foi uma oportunidade única. “Sempre tive o sonho de fazer Direito e atuar na área da magistratura. Para mim é uma oportunidade imensa assistir a sessão de julgamento, conhecer aqui fatos históricos, e você estudar para no futuro ajudar as pessoas decretando algo que vai mudar a vida delas, é muito gratificante”, avaliou.
Espaço Memória – No Espaço Memória, os alunos foram recepcionados pela juíza auxiliar da presidência, Viviane Brito Rebello, ocasião em que contou sobre sua trajetória na magistratura, respondeu perguntas, esclareceu dúvidas e fez a entrega de Glossários Jurídicos. “Importante eles integrarem o que veem nos livros com a prática. E ver também que a magistratura exige estudo e atualização constante. Faz parte da magistratura estar à disposição, atender as pessoas e, principalmente, ter em mente que sua decisão faz a diferença na vida de alguém”, pontuou a magistrada.
A estudante Maria Eduarda Santos Neiva está cursando o 1º semestre de Direito e sonha em se tornar juíza. “Oportunidade gigantesca! Sou grata por ter visto o desembargador julgando e também as histórias guardadas aqui no Espaço Memória. A fala da juíza demonstra o amor que ela tem pelo que faz, é uma inspiração e dá vontade de fazer também”, afirmou.
Representando a Coordenadoria Judiciária, Kalía Miranda, fez uma explanação geral sobre a composição do Tribunal de Justiça, das Câmaras Reunidas, Câmaras Isoladas, Sessões Plenárias e Processo Judicial Eletrônico (PJe). “O contato com a prática faz toda diferença, principalmente para eles que estão no início da carreira jurídica”, ressaltou.
Para a professora do curso de Direito que acompanhou as turmas, Sheila Maria Godóes de Moares, por meio do projeto os alunos conseguem visualizar o futuro e ter a expectativa de uma profissão. “Agradecemos ao Tribunal pela iniciativa e isso realmente é o acesso à Justiça, vivenciar como trabalha o judiciário”, concluiu.
#Paratodosverem
Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão das pessoas com deficiência visual. Descrição da imagem 1: foto horizontal, juíza palestrando para os acadêmicos no Espaço Memória, a magistrada tem cabelo curto grisalho ondulado, está de vestido azul marinho. Imagem 2: foto horizontal- A juíza, ao centro, está ladeada por estudantes e professora da turma. Imagem 3: foto horizontal-: os alunos, no Espaço Memória, verificando os documentos históricos da Justiça.
Eli Cristina Azevedo/ Fotos: Ednilson Aguiar
Coordenadoria de Comunicação da Presidência do TJMT
A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mato Grosso (FICCO-MT) deflagrou, nesta sexta-feira (20.09), a Operação Pubblicare para cumprir ordens judiciais contra o núcleo de uma organização criminosa formado por servidores públicos que colaboravam com membros de facção na lavagem de dinheiro por meio da realização de shows e eventos em casas noturnas de Cuiabá.
Um parlamentar de Cuiabá foi preso na operação.
Setenta policiais cumprem 15 medidas cautelares, entre prisão, buscas, sequestro de bens e bloqueios de contas bancárias. As ordens judiciais foram expedidas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais de Cuiabá (Nipo), sendo:
Um mandado de prisão preventiva;
Sete mandados de busca e apreensão;
Seis veículos e um imóvel sequestrados e bloqueio de contas bancárias
A Operação Pubblicare é desmembramento da Operação Ragnatela, deflagrada em junho deste ano, quando a FICCO-MT desarticulou um grupo criminoso que teria adquirido uma casa noturna em Cuiabá pelo valor de R$ 800.000,00, pagos em espécie, com o lucro auferido por meio de atividades ilícitas. A partir de então, o grupo passou a realizar shows de MCs nacionalmente conhecidos, custeados pela facção criminosa em conjunto com um grupo de promoters.
Agentes públicos
Durante as investigações também foi identificado que os criminosos contavam com o apoio de agentes públicos responsáveis pela fiscalização e concessão de licenças para a realização dos shows, sem a documentação necessária. Foi identificado que um parlamentar atuava em benefício do grupo na interlocução com os agentes públicos e recebendo, em contrapartida, benefícios financeiros.
Os investigados respondem pelos crimes de corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa, com os membros da facção indiciados durante a Operação Ragnatela.
A Operação Pubblicare, termo em italiano, faz alusão à atividade do agente público, que em vez de atuar em prol da população, focava em interesses escusos da facção criminosa.
A FICCO-MT é uma força integrada composta pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil e Polícia Militar e tem por objetivo realizar uma atuação conjunta e integrada no combate ao crime organizado no estado do Mato Grosso.