Estudantes de seis escolas da Rede Estadual de Ensino foram premiados, nesta quinta-feira (19.10), na etapa estadual do 18º Festival Estudantil Temático de Teatro para o Trânsito (Fetran), no Cine Teatro Cuiabá. As apresentações tiveram como tema “Trânsito, um lindo show” e, nesta edição, a organização decidiu não dividir os vencedores por colocação. Seis grupos vencedores nas categorias Juvenil e Infantojuvenil foram reconhecidos igualmente.
Na categoria Juvenil, dividiram o pódio grupos de teatro amador das escolas estaduais Tiradentes (Pontes e Lacerda), Governador José Fragelli (Cuiabá) e Angelina Francisco Mazutti (Campos de Júlio). Na categoria Infantojuvenil, os grupos vencedores são das escolas estaduais Vinícius de Moraes (Colniza), São Pedro Apóstolo (Pedra Preta) e São José (Pontes e Lacerda).
O evento, promovido pela Superintendência Regional da Polícia Rodoviária Federal (PRF), com apoio da Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT), é destinado aos estudantes matriculados no Ensino Fundamental (1º ao 9º Ano), Ensino Médio e EJA – Educação de Jovens e Adultos, das escolas da rede pública e privada.
Neste ano, a organização recebeu 105 inscrições e 21 espetáculos também foram vencedores nas cinco etapas regionais, de 12 de junho a 15 de setembro, nos polos de Pontes e Lacerda, Sorriso, Campo Verde, Primavera do Leste e Várzea Grande.
Para a secretária-adjunta de Gestão Educacional (SAGE), Nadine Moreira, levar para a sala de aula a educação para o trânsito na forma de teatro, reforça o protagonismo que os nossos estudantes já experimentam na escola. “Precisamos trabalhar, cada vez mais, ações inclusivas para nossa sociedade para que o trânsito seja de fato mais seguro”.
O superintendente da PRF, Arthur Nogueira, lembrou que o Fetran nasceu em Mato Grosso, em 2004, e já se expandiu para mais de 10 estados.
“Está na 18º edição porque ficou dois anos sem ser realizado em razão da pandemia da Covid-19. E, desde então, contamos com apoio institucional da Seduc e outros parceiros, além de estreitar os laços entre a PRF e as escolas públicas e privadas”, pontuou.
“Foi uma honra termos o Grupo de Teatro da Arena entre os premiados na categoria juvenil”, comemorou Cleiton Marino Santana, diretor da escola Estadual Governador José Fragelli. “São apenas 10 estudantes no grupo, mas que representaram muito bem os mais de 500 estudantes da nossa escola”, acrescentou.
Estudantes do grupo da Arena da Educação, como é popularmente conhecida a Escola Estadual Governador José Fragelli, também foram indicados como destaques de melhor atriz e melhor ator, e o grupo Teatro da Arena levou troféus de Melhor Cenário e Maquiagem Destaque.
Vitória Emanuela, estudante do 1° ano do Ensino Médio, foi atriz destaque, e disse ter realizado um sonho. “Desde o ensino fundamental que participo do Fetran e sempre almejei estar entre as melhores atrizes”, contou. A colega dela, Gabriele Cristina, do 2º ano, também foi reconhecida como melhor atriz.
Já Alexandre Gabriel, do 1º ano, ficou com o troféu de melhor ator. “É gratificante levarmos esses três troféus para a nossa escola. Com o teatro, nosso objetivo de conscientizar a juventude sobre a segurança no trânsito foi alcançado”, disse Alexandre.
Antes da premiação, foram apresentados os espetáculos “O fantástico mundo mágico”, da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Campo Verde, e o espetáculo “A super guarda de trânsito”, apresentado pela APAE de Vilhena-RO.
A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.
A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.
De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.
A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.
Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.