“Liguei e mandei um e-mail. Alguns dias depois, minha rede foi devolvida, pode ter sido um gesto. Estou à disposição dele para conversar. Porque ele vai ser um alvo do PT daqui a pouco. O PT não vai se contentar em indicar somente os dois ministros que vão se aposentar”, afirmou a parlamentar em entrevista à “Folha de S. Paulo”.
No dia 6 de fevereiro deste ano, o ministro determinou a reativação da conta de Zambelli no Facebook, Twitter, Instagram, YouTube, Telegram, TikTok, Gettr, WhatsApp e LinkedIn. Na decisão, Moraes diz que “houve a cessação de divulgação de conteúdos revestidos de ilicitude e tendentes a transgredir a integridade do processo eleitoral”.
Questionada se tinha medo de ser presa, a deputada relata que tem a “expectativa”.
“Medo não é a palavra, mas expectativa, sim. Não como uma boa expectativa. Várias vezes fui dormir pensando que ia ter que acordar às 6h com a Polícia Federal na porta”, relata.
No dia 16 de fevereiro, a deputada procurou o gabinete do ministro com a intenção de “destensionar” a relação entre o Legislativo e o TSE, segundo a Folha.
No mesmo dia, Zambelli e um grupo de deputados voltou a defender ações para colocar em prática um movimento de “ocupar” o Senado e tentou reacender um impeachment de Moraes.
Rompimento com Bolsonaro
Zambelli disse ainda que a prioridade dela agora não é mais defender o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas sim ser oposição ao presidente Lula.
“Eu tinha o papel de defender Bolsonaro e o governo, qualquer um que os atacasse tinha que virar um alvo meu. Nesta legislatura, Bolsonaro não é mais presidente, então nosso alvo tem que ser Lula, seus feitos e desfeitos”, afirmou.