Os estoques brasileiros de fertilizantes devem atingir 10,3 milhões de toneladas até o final do ano, superando o volume de 8,4 milhões de toneladas do ano anterior. Apesar de serem números recordes, esse volume de estoque não é considerado alarmante para o setor de insumos.
O aumento no estoque segue uma tendência de alta nas entregas de fertilizantes, principalmente de potássio, que se manteve firme ao longo de 2023, impulsionado pelo cultivo de soja e milho. A demanda por nitrogênio, por outro lado, experimentou um aumento nos preços, com a ureia, seu principal derivativo, registrando aumentos semanais significativos que influenciaram as decisões de compra dos produtores.
Espera-se que a procura por fertilizantes à base de nitrogênio ganhe força no começo de 2024, à medida que os agricultores postergam acordos em antecipação à safra de inverno do milho, com a expectativa de uma redução na relação de troca.
Projeções indicam que as entregas de fertilizantes aos agricultores podem totalizar 44,3 milhões de toneladas em 2023. As estimativas de mercado para as entregas totais variaram entre 41 e 45 milhões de toneladas durante o ano.
Observou-se um tom mais pessimista no primeiro semestre, atribuído a um recorde nos estoques do ano anterior e ao comportamento dos agricultores, que optaram por adiar as compras visando a safra de soja 2023/24.
O acúmulo de estoques, que será contabilizado até domingo, dia 31 de dezembro, reflete uma estratégia de gestão de recursos e planejamento de safras, representando um indicativo de que o setor está se adaptando a um mercado cada vez mais dinâmico.
Fonte: Pensar Agro