Lideranças do leste europeu estão cada vez mais tensas com o avanço das tropas russas. Segundo o serviço de inteligência da Estônia , o Exército russo se prepara para um confronto com outros países europeus na próxima década .
O chefe do departamento de inteligência declarou que os planos russos de dobrar as tropas localizadas na fronteira com países da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) como Finlândia , Estônia e Letônia , além da Lituânia .
“O caminho escolhido pela Rússia foi o de confronto a longo prazo. O Kremlin provavelmente está antecipando um possível conflito com a OTAN na próxima década”, declarou Kaupo Rosin, chefe do departamento de inteligência estrangeira da Estônia.
Segundo Rosin, um ataque russo no curto prazo é pouco provável , já que as tropas do país estão na Ucrânia.
Desde a invasão russa à Crimeia, outros países Bálticos aumentaram seus gastos militares em 2% e outros países da aliança militar ampliaram sua presença na região.
Além disso, a Finlândia passou a fazer parte da aliança, e a Suécia busca entrar no grupo, que conta com Estados Unidos , Reino Unido , França , Canadá , entre outros.
Segundo a Reuters, o governo alemão pretende estabelecer 4.800 tropas prontas para combate nas proximidades da fronteira com a Rússia até 2027, a maior mobilização em território estrangeiro desde a Segunda Guerra Mundial.
Em uma entrevista recente, Putin declarou que invadir Lituânia , Polônia , ou qualquer país da Otan está fora de cogitação, entretanto, só atacaria algum outro país se for atacado.
Mandado de Prisão contra lideranças
Lideranças de países que fazem fronteira com a Rússia, como Estônia e Lituânia, tiveram mandados de prisão emitidos pela polícia russa.
Kaja Kallas , primeira-ministra e o secretário de Estado da Estônia, Taimar Peterkop , e o ministro da cultura da Lituânia, Simonas Kairys , são acusados de “destruir monumentos aos soldados soviéticos”, segundo a agência de notícias Tass.
O jornal Moscow Times afirma que o mandado de prisão foi expedido após Kallas apoiar a destruição de um monumento da era soviética na cidade de Narva , que faz fronteira com a Rússia. Desde o início da guerra na Ucrânia, monumentos exaltandos soldados soviéticos foram destruídos na Estônia, Lituânia e Letônia.
Segundo a agências Tass, essa é uma das respostas “muito duras” prometidas pela Rússia após a União Europeia determinar que os lucros dos ativos russos bloqueados sejam destinados à Ucrânia.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.