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Agronegócio

Espírito Santo quer reduzir ICMS do café conilon para aumentar competitividade

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O Espírito Santo possui cerca de 50 mil produtores de café conilon, com uma área plantada de 200 mil hectares. A produção gera aproximadamente 250 mil empregos diretos e indiretos no estado, conforme dados do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper).  A medida também é considerada uma reparação histórica para o setor cafeeiro capixaba, que agora terá condições mais favoráveis para competir no mercado nacional e internacional.

Para fortalecer ainda mais o setor, o governo estadual anunciou um projeto de lei que propõe a redução da alíquota do ICMS sobre o café conilon de 12% para 7%. Essa mudança visa tornar o café capixaba mais competitivo, alinhando a taxação ao café arábica, e segue agora para análise da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales).

O Espírito Santo é o maior produtor de café conilon do Brasil, respondendo por cerca de 70% da produção nacional, e a redução do ICMS pode beneficiar ainda mais o setor. A medida tem como objetivo diminuir os custos de produção, permitindo que os produtores aumentem suas margens de lucro e invistam em inovação, sustentabilidade e qualidade. A proposta foi aprovada pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) e agora aguarda a aprovação final dos deputados estaduais.

Além de beneficiar os cafeicultores, a redução da alíquota pode ter um impacto positivo nas exportações do estado. O café conilon já lidera as exportações do agronegócio capixaba, e as vendas triplicaram em 2024, gerando US$ 2,55 bilhões (aproximadamente R$ 14,3 bilhões) no período de janeiro a setembro. A medida tem sido vista como uma resposta à competitividade desleal com outros estados, além de um passo importante para garantir justiça fiscal para os produtores capixabas.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Mercado global de bioinsumos pode atingir R$ 258,75 bilhões até 2032

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O mercado global de bioinsumos agrícolas, que em 2023 somou entre R$ 74,75 bilhões e R$ 86,25 bilhões, deve alcançar cerca de R$ 258,75 bilhões até 2032, caso mantenha a taxa de crescimento anual entre 13% e 14%. A projeção é do Observatório de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em parceria com a empresa CropLife. O setor de controle biológico se destaca no segmento, respondendo por 57% do mercado atual, e a tendência é que esses produtos continuem liderando a participação de mercado nos próximos anos.

O crescimento do mercado de bioinsumos nos últimos dez anos, impulsionado especialmente pelos últimos quatro anos de expansão, é atribuído à crescente adoção desses produtos pelos produtores rurais, como ferramenta para o manejo integrado de pragas.

Apesar do rápido crescimento no Brasil, o estudo aponta desafios econômicos, regulatórios e jurídicos que dificultam a expansão desses insumos no país. Entre os principais obstáculos estão a falta de capacitação para a aplicação e a ausência de uma legislação específica para bioinsumos. Atualmente, esses produtos se encaixam nas legislações de produtos químicos e sintéticos, como a Lei de Agrotóxicos e a Lei de Fertilizantes, o que gera insegurança jurídica e dificulta o processo de regulamentação.

Para resolver essas questões, projetos de lei estão em tramitação no Congresso Nacional, como o PL 658/2021 e o PL 3668/2021, que visam regulamentar a produção, uso, registro e comercialização dos bioinsumos. A criação de um marco legal específico para os bioinsumos é essencial para padronizar os processos industriais e harmonizar a tributação, esclarecendo as incertezas que atualmente cercam o setor.

Outro desafio identificado pelo estudo é a falta de capacitação de muitos produtores, o que limita a adoção de bioinsumos a poucas culturas, como soja, milho e cana-de-açúcar. Para a CropLife e a FGV, é necessário um aprofundamento nas questões regulatórias, incluindo o Programa Nacional de Bioinsumos e iniciativas legislativas, além de uma maior conexão com a propriedade industrial e o acesso ao patrimônio genético nacional.

Embora o Brasil tenha avançado em pesquisa e desenvolvimento, o estudo observa que o país ainda está atrás de líderes globais, como os EUA, China e Coreia do Sul, no número de patentes e inovações biotecnológicas no setor. Investir em políticas públicas e parcerias estratégicas pode ser o caminho para reduzir essa lacuna.

Fonte: Pensar Agro

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