Os chefes de inteligência dos Estados Unidos convocaram o setor privado para o combate à espionagem chinesa, o que um funcionário chamou de “ameaça sem precedentes”. A atípica reunião foi realizada nesta terça-feira (17) e contou com a presença de autoridades do Departamento Federal de Investigação dos Estados Unidos (FBI), e dos serviços de segurança do Reino Unido, Austrália, Canadá e Nova Zelândia. As informações são do jornal The New York TImes.
Na reunião, foram discutidas formas de melhorar a segurança das novas tecnologias e ajudar os países ocidentais a manter a vantagem sobre a China. Além de alinharem o compromisso com o combate ao ‘roubo de tecnologia’, os líderes de inteligência alertaram que a espionagem de Pequim está cada vez mais treinada e, se antes o foco era espionar Washington, hoje o alvo é o Vale do Silício.
O encontro aconteceu na Universidade de Stanford, no polo tecnológico do país, uma escolha estratégica visto que agentes do FBI estimam que a maior parte dos casos de espionagem chinesa nos Estados Unidos acontecem na região.
Foi a primeira vez que os chefes do FBI e dos serviços de segurança dos países aliados se reuniram para uma discussão pública sobre ameaças de inteligência. A intenção do encontro é fortalecer o serviço antiespionagem, detectando o movimento e impedindo os esforços da China em violar informações secretas.
Pouco antes da reunião, o governo Biden havia anunciado que estava limitando a venda de semicondutores avançados à China, uma medida tomada como tentativa de restringir o desenvolvimento da inteligência artificial na potência asiática.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.