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Agronegócio

Especialistas vão debater conservação da biodiversidade do pantanal

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“Pontes Pantaneiras: Conectando pessoas, cultura, biodiversidade e sustentabilidade”, que acontecerá em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, entre os dias 16 e 18 de agosto, colocará em foco a importância da conservação e do aumento da visibilidade do Pantanal.

Durante os três dias de fórum, cerca de 15 mesas redondas e painéis vão reunir mais de 100 especialistas para debater casos de sucesso de conservação e refletir sobre mudanças positivas que valorizam o povo, a cultura e o capital natural.

Durante o fórum, o público terá a chance de se informar sobre os desafios relacionados ao desenvolvimento de estratégias que buscam proporcionar alternativas de renda sustentável e ao mesmo tempo promover a conservação deste ecossistema único e diversificado.

A iniciativa, organizada pelo IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas, Embrapa Pantanal, University College London, Smithsonian Institution e ICMBio/CENAP, com o apoio da Embaixada e Consulados dos Estados Unidos no Brasil, visa abordar questões como conservação, desenvolvimento sustentável e a relação entre comunidades tradicionais, povos indígenas e fazendeiros na promoção de práticas benéficas ao bioma.

O objetivo é discutir casos de sucesso na conservação e sustentabilidade do Pantanal, além de incentivar alianças entre diferentes setores, como fazendeiros, comunidades tradicionais e povos indígenas, para promover projetos e iniciativas que contribuam para o desenvolvimento econômico e a preservação do bioma.

A ênfase recai sobre estratégias voltadas para alternativas de renda, conservação da biodiversidade, pecuária sustentável e turismo ecológico. Segundo análise da Embrapa realizada em 2022, os ativos tecnológicos e sistemas de produção para agricultura sustentável adotados no Brasil estão ganhando destaque internacional. Além disso, o ecoturismo tem impulsionado viagens domésticas no país.

Walfrido Tomas, pesquisador na Embrapa Pantanal, destaca a importância da ciência na geração de conhecimentos para embasar decisões e políticas públicas que promovam a sustentabilidade. Cristina Tófoli, do IPÊ, enfatiza o potencial do Pantanal em liderar uma agenda de mudança global, protegendo sua megabiodiversidade e estabelecendo um equilíbrio entre a população local e a biodiversidade.

O evento busca, assim, estabelecer um diálogo que contribua para a promoção da mobilidade social e econômica no bioma Pantanal, alinhando conhecimento científico, políticas públicas e ações práticas que impulsionem o desenvolvimento sustentável da região.

5 curiosidades sobre a região:

1. Porque o nome Pantanal?
Durante o período da seca, no inverno, os rios secam e sobra o barro, daí a origem do nome “Pantanal”. A região é a maior planicie alagada do planeta. No caso, o solo que se forma é utilizado como áreas de pastagens para o gado.

2. Tamanho da sua área:
O Pantanal é considerado o Bioma de menor extensão territorial no Brasil. Sua área aproximada é 150.355 km² (IBGE,2004), ocupando assim 1,76% da área total do território brasileiro.

3. Espécies de animais locais:
A biodiversidade do Pantanal é imensa. A região abriga, pelo menos, 4.700 espécies conhecidas, entre animais e plantas. Com relação aos animais, existem inúmeras espécies, mas vamos destacar a Ariranha, Piranha, Jacaré-do-pantanal, Tuiuiú( ave de grande porte e símbolo do Pantanal), o Tucano-toco, Tamanduá-bandeira, Capivara, e claro, a Onça-pintada.

4. Pantanal e os outros Biomas:
O Pantanal é influenciado diretamente por três biomas: Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica. Uma das principais diferenças entre o Pantanal e os biomas restantes é que todos foram delimitados pelas características da vegetação. Na região pantaneira também existem árvores de médio e grande porte, típicas da Amazônia.

5. Preservação:
As queimadas no Pantanal não são fenômenos naturais, têm origem criminosa, como também ocorre na Amazônia. Mesmo com decreto que proíbe o uso do fogo nesses dois biomas, as queimadas ainda permanecem. Alguns grupos criam políticas que promovem a conservação da biodiversidade , das espécies, do incentivo a atividades econômicas de baixo impacto ambiental e desenvolvimento sustentável.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Cooperativismo agrícola ganha destaque como motor de desenvolvimento sustentável e social

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O cooperativismo no Brasil e no mundo exerce um papel cada vez mais relevante, especialmente no contexto agrícola. De acordo com a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), o país conta com mais de 4.500 cooperativas, das quais 71,2% são voltadas à agricultura familiar, um setor essencial para a produção de alimentos.

No âmbito global, existem mais de três milhões de cooperativas com cerca de um bilhão de membros, representando 12% da população mundial. Esse movimento tem sido destacado como um fator chave para o desenvolvimento social e econômico, especialmente em eventos de grande relevância, como a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2024 (COP29), que termina amanhã (22.11) em Baku, Azerbaijão.

De acordo com o Anuário do Cooperativismo Brasileiro, existiam em 2023, um total de 4.693 cooperativas no Brasil:

1185 do Setor Agropecuário
235 do Setor de Consumo
728 do Setor de Crédito
284 do Setor de Infraestrutura
720 do Setor de Saúde
655 do Setor de Trabalho, Produção de Bens e Serviços
886 do Setor de Transporte

As cooperativas Agropecuárias possuem mais de 1 milhão de cooperados e representam uma força significativa na produção e comercialização de alimentos e matérias-primas.

O cooperativismo no setor agrícola vai além da produção de alimentos e da geração de lucro. Ele se transforma em uma ferramenta poderosa de desenvolvimento sustentável, proporcionando vantagens econômicas tanto para o agricultor quanto para o meio ambiente.

As 10 maiores e quanto faturaram segundo dados da Forbes Agro100 2023:

  • COAMO – R$ 26,07 bilhões
  • C. VALE – R$ 22,44 bilhões
  • LAR COOPERATIVA – R$ 21,07 bilhões
  • COMIGO – R$ 15,32 bilhões
  • COCAMAR – R$ 10,32 bilhões
  • COOXUPÉ – R$ 10,11 bilhões
  • COPERCITRUS – R$ 9,03 bilhões
  • COOPERALFA – R$ 8,41 bilhões
  • INTEGRADA COOPERATIVAS – R$ 8,32 bilhões
  • FRÍSIA Agroindustrial – R$ 7,06 bilhões

Matheus Kfouri Marinho, presidente do Conselho de Administração da Coopercitrus, destacou em seu discurso na COP29 que a adoção de práticas sustentáveis, como a integração lavoura-pecuária-floresta e o uso de tecnologias de precisão, gera economia para os produtores e, ao mesmo tempo, reduz o impacto ambiental. Essa visão inovadora evidencia o potencial do cooperativismo como um catalisador de práticas agrícolas mais responsáveis.

A importância do cooperativismo no Brasil é ainda mais evidente, considerando que ele representa mais de um milhão de produtores rurais. Como explicou Eduardo Queiroz, coordenador de Relações Governamentais do Sistema OCB, as cooperativas têm uma presença vital no cotidiano dos brasileiros, sendo responsáveis por metade dos alimentos consumidos no país, desde o café até a carne.

Além disso, as cooperativas facilitam a comunicação direta com o produtor rural, permitindo discussões sobre sustentabilidade e práticas agrícolas mais eficazes. Exemplos como o da Cooxupé, que oferece educação ambiental e muda para a preservação do meio ambiente, e o projeto Gerações, que busca promover melhorias nas propriedades rurais, reforçam o papel fundamental das cooperativas no desenvolvimento de uma agricultura mais sustentável e socialmente responsável.

Fonte: Pensar Agro

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