“Sinto que o curso ajudou no meu desenvolvimento profissional”, disse Johnny Clayton Salvador, de 34 anos, aluno do curso de técnico em logística da Escola Técnica Estadual de Sinop. O profissional é um dos 28 alunos formados na noite desta quinta-feira (31.08). Ao todo três cursos foram finalizados: agricultura, agropecuária e logística.
Os cursos foram ofertados pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci), e tiveram aproximadamente dois anos de duração. Durante o período de formação, os alunos tiveram aulas práticas, teóricas e também realizaram diversas visitas técnicas aplicadas às respectivas áreas de estudos.
“Escolhi o curso porque hoje já atuo na área, no setor de compras, e acredito que ter um conhecimento a mais é sempre uma bagagem extra. Durante o curso, nós tivemos práticas de logística reversa, e vários outros assuntos que nos trouxeram um conhecimento maior sobre a área”, disse o novo técnico em Logística.
Assim como Johnny, outros formandos também tiveram o curso como uma oportunidade para alavancar a carreira profissional. Esse é o caso do Darlei Vinicius Bones Rosa, de 28 anos, formado no curso de Agropecuária. Já atuando na área da elétrica, o novo técnico encontrou na Escola Técnica uma oportunidade para transformar sua carreira profissional.
Darlei durante a cerimônia de colação de grau realizada na Câmara de Dirigentes Lojistas de Sinop. | Foto: Marcos Salesse/Seciteci-MT
“Escolhi esse curso em busca de conhecimentos na área agrária. Como o mercado cresce bastante na nossa região, vi que tem uma defasagem muito grande de mão de obra nessa área, então resolvi articular em cima desse conhecimento, aí eu conheci a escola e hoje estou me formando”, contou Darlei.
Natural do Rio Grande do Sul, o profissional afirmou ainda que para além dos conhecimentos adquiridos, também encontrou na Escola a possibilidade de se sentir acolhido. Foi durante o período de aulas que Darlei formou laços de amizade que segue levando para a vida.
“É gratificante concluir o curso porque me senti muito acolhido, fiz muitas amizades por aqui, inclusive com os professores. Agora que dei esse primeiro passo, me sinto preparado para ingressar na área que me formei. Vejo que a Escola fez o máximo para que nós, alunos, pudéssemos nos aprofundar nesse conhecimento e deu certo”, compartilhou o estudante.
Com a formatura em Sinop, já são mais de 80 novos profissionais formados pelas Escolas Técnicas Estaduais nas áreas de Turismo, Administração, Agricultura, Agropecuária e Logística apenas no mês de agosto.
Para o servidor da Seciteci Endrigo Antunes Martins, que na cerimônia representou o secretário de Estado Allan Kardec, os números mostram o compromisso do Governo do Estado com a qualificação profissional.
“Muitos já estão atuando no mercado de trabalho e o curso vem justamente para possibilitar que eles sigam atuando e também possam progredir na carreira. Isso mostra o quanto a Educação Profissional é transformadora e fundamental para o desenvolvimento do nosso estado”, declarou Endrigo.
Durante a cerimônia estiveram presentes o secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico, Klayton Gonçalves, a secretária Municipal de Educação, Esporte e Cultura, Sandra da Conceição Donato Ferreira, e a vereadora Professora Graciele. Também estavam presentes a diretora na Escola Técnica Estadual de Sinop, Ivanir Latanzi de Oliveira e todo o corpo técnico.
A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.
A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.
De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.
A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.
Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.