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Escola de teatro mais antiga da América Latina segue interditada

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No Dia Mundial do Teatro, artistas denunciam uma grave situação para a comunidade teatral do Rio de Janeiro: a Martins Pena, escola de teatro mais antiga da América Latina, localizada em um casarão no centro da cidade, sofre com o abandono e a falta de condições de funcionamento. Infiltrações, goteiras e infestação de cupins são apenas alguns dos problemas enfrentados.

No dia 7 de março, a Defesa Civil interditou o prédio, que é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Com isso, mais de 140 alunos ficaram sem aulas. O assunto foi tema, inclusive, de uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), na semana passada. Rodrigo Marconi, diretor da escola Martins Pena, resumiu as dificuldades da instituição.

“O descaso com as dependências da escola e a falta de manutenção adequada que, infelizmente, acompanham a história da Martins, culminaram com uma grande rachadura no casarão da Rua 20 de Abril. Além dos problemas no casarão, todos os outros espaços da escola carecem de reforma, reparos e adequação básica. Não temos pessoal técnico especializado para o pleno atendimento da demanda do curso, faltando na escola desde técnicos de som e luz, marceneiros, costureiras, até bibliotecário, para uma biblioteca com acervo histórico e raro e que se encontra insalubre por conta de contaminação com dejetos de ratos”

Durante a audiência, foi decidido que a primeira solução será realocar os alunos no Liceu de Artes e Ofício, escola que anunciou o encerramento de suas atividades no fim do ano passado, enquanto ocorrem obras de recuperação do Casarão, que podem levar até um ano e meio, segundo cronograma do Iphan.

Nacional

A reforma será realizada a partir de um processo de restauração já contratado e finalizado em 2014, mas que passará por uma reformulação. Thiago Santos Mathias, superintendente do Instituto, anunciou algumas medidas que começarão a ser tomadas para reativar o prédio da Martins Pena, divididas em quatro etapas.

“São trocas de telhas, inspecionar alguns barrotes pra ver se o piso está estável. O segundo [passo], seria a revisão desse projeto de restauração. A terceira [etapa] seria a execução propriamente dita da obra de restauração. Em quarto, é o que a gente chamou de organização do lote [do terreno]. São justamente as outras edificações que não estão necessariamente contempladas no tombamento.”

Santinie Soares, uma das alunas da Martins Pena, conta que, mesmo com a interdição, os alunos continuaram indo à escola, como uma forma de protesto:

“Em nenhum momento deixamos de vir pra escola, porque a gente considera que é um momento importante de mobilização do corpo estudantil, pra gente conseguir agilizar o processo de reforma do casarão.”

O casarão da Martins Pena, em estilo neoclássico, é tombado desde 1930. Foi lá que nasceu o barão do Rio Branco. O local começou a funcionar como escola pública de teatro em 1908 e, desde então, já formou mais de 9 mil estudantes vindos de várias partes do Brasil, especialmente de áreas periféricas. A escola é considerada uma das mais importantes da América Latina.

Fonte: EBC GERAL

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BRASIL

Pedro Paulo quer políticas para advogados com deficiência

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Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.

A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.

“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.

A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.

“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.

A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.

 

Fonte: ELEIÇÕES OAB MT

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