Connect with us

MATO GROSSO

Escola da Magistratura leva campanha contra drogas em escolas públicas de Cuiabá

Publicado

em

Os alunos da Escola Estadual Antônio Epaminondas, em Cuiabá, tiveram uma aula bem diferente na manhã desta segunda-feira (24 de junho). A sala de aula foi para o pátio coberto e o quadro deu lugar ao microfone, usado pelo juiz Moacir Tortato que levou informações sobre os perigos do uso de drogas ilícitas. Cerca de 60 jovens integravam a plateia. Eles tinham entre 14 e 17 anos e cursavam entre o 9° ano do Ensino Fundamental até a 3ª série do Ensino Médio. Muito atentos, ouviram sobre o cérebro em formação dos jovens, a propensão de doenças trazidas pelo consumo de drogas (como a esquizofrenia) e a necessidade da disciplina hoje para alcançar sonhos no futuro.
 
João Guilherme da Silva Rondon (17 anos) era um dos alunos participantes. Segundo ele, a palestra foi esclarecedora e interessante. “É muito bom porque ver uma pessoa mais experiente e com um cargo tão importante falando sobre esse assunto. É bom para a gente ter o discernimento das nossas escolhas e saber de algumas informações sobre tema bem recorrente entre a maioria dos jovens, porque é algo muito presente na nossa sociedade a questão das drogas. Também Felipe Gabriel Lemos Oliveira Evangelista da Silva (17 anos) entendeu de suma importância ouvir sobre um tema que tem sido uma preocupação muito grande entre os jovens. “Ele [o juiz] trouxe bastante clareza sobre o que pode acontecer caso a gente se envolva no mundo das drogas. Eu diria que essa fase, é uma das mais preocupante da vida e, ter uma ajuda, uma direção como essa é muito importante para a gente conseguir se manter nesse mundo que é muito difícil.”
 
Felipe ainda deixou um recado importante para os amigos ao afirmar que “é muito importante o jovem se manter firme apesar de toda a dificuldade que esteja enfrentando, apesar das sensações prazerosas que o mundo vai te dar. A gente tem que se manter firme e saber quem você é e o que você quer. Não se deixar levar por coisas momentâneas.”
 
A palestra tem como tema ‘Drogas, conhecer para libertar’ e celebra a Semana de Nacional de Políticas sobre Drogas e também o Dia Internacional contra o Abuso e Tráfico Ilícito de Drogas (26 de junho), explica Moacir Tortato. Ele é integrante da Comissão Especial sobre Drogas Ilícitas do Tribunal de Justiça de Mato Grosso e idealizador da ação orientativa para os jovens estudantes de escolas públicas de Cuiabá. “Em atenção a essa data tão especial, a gente se vê na obrigação como um dever cívico nosso, que atua na área, em nome do Tribunal de Justiça, de trazer essas informações.”
 
Ainda segundo o magistrado, normalmente a informação que o jovem tem sobre a droga é quanto aos efeitos prazerosos momentâneos e isso precisa ser combatido. “O uso da droga é algo prazeroso por alguns minutos, socializa o jovem com os amigos, mas tem um lado ruim, muito nefasto, que pode influenciar a vida de uma pessoa para sempre. No caso de um eventual vício, uma dependência, pode ocorrer o desenvolver de uma esquizofrenia, a redução das possibilidades de renda no futuro, por exemplo. Então, o jovem tem que ter acesso a essas informações. Tomar uma decisão sobre usar drogas só com meias informações, é muito difícil.”
 
Tortato aponta ainda que essa campanha é um “trabalho formiguinha”. “Ao ir à escola, a gente espera plantar uma semente e conseguir influenciar pelo menos uma parcela deles para que eles se direcionem melhor na vida. Adolescentes precisam de orientação. Esses jovens são pessoas com potencial de serem adultos maravilhosos, mas elas precisam de informação para decidirem por si o que serão da vida.”
 
A escola Antônio Epaminondas conta cerca de 250 alunos, oferece aulas em horário integral para os alunos, ou seja, das 7h às 16h e tem foco em línguas. Está localizada no bairro Lixeira que tem o tráfico de drogas como carro chefe nos crimes, segundo informou o gerente adjunto da companhia militar local, subtenente PM Hermes. “Esse momento é único quando uma autoridade do Judiciário vem à escola, vem à comunidade falar sobre a prevenção de droga. Nossos jovens precisam de orientação e, como policial militar, a gente vê a necessidade dessas pessoas que estão interagindo com a comunidade local aqui.”
 
Rosania Correa de Souza, auxiliar de coordenação do colégio, explicou que no local existem problemáticas relacionadas à violência e, por isso, há necessidade de trabalho orientativo com os jovens. “A escola enfrenta dificuldades no sentido de infração e indisciplina que geram necessidade de prevenção. Hoje contamos com equipe psicossocial que organiza esses momentos de palestras e conhecimento para nossos alunos de forma que eles aprendam mais, tenham dinâmica de pergunta e resposta e também que sanem suas curiosidades próprias dos jovens. Esse momento em que tivemos um juiz foi de extrema importância, tanto é que ele foi procurado após a palestra pelos alunos para tirar dúvidas.”
 
Próximas visitas: A campanha é realizada pela Escola Superior da Magistratura de Mato Grosso (Esmagis-MT), sob a coordenação do juiz Moacir Tortato, e tem programação durante toda a semana. Na terça-feira (25/06) é visitada a Escola Estadual Santos Dumont, no bairro Dom Aquino. Na sexta (26/06), a Escola Estadual Raimundo Pinheiro da Silva, na região do Coxipó.
 
Já na quinta e sexta-feira (27 e 28/06), a programação será realizada no Primeiro Batalhão da Polícia Militar de Cuiabá e será voltado para os integrantes da corporação, porém, desta vez, a apresentação será com aprofundamento jurídico.
 
Descrição das imagens: foto 1) Homem veste terno e fala ao microfone. Ele está em pé e fala para um grupo de jovens que está sentado à sua frente. Foto 2) Dois jovens vestem camisetas azul, uniforme da escola. Eles estão em pé, lado a lado. O jovem da esquerda usa óculos. Foto 3) Mulher de cabelos pretos e curtos, usa blusa cor de rosa e óculos. Ela está em pé, olha para a foto e sorri.
 
Keila Maressa 
Assessoria de Comunicação Escola Superior da Magistratura de Mato Grosso (Esmagis-MT)
 

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

Continue Lendo

MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

Publicado

em

Por

A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

Continue Lendo
WhatsApp Image 2024-03-04 at 16.36.06
queiroz

Publicidade

Câmara de Vereadores de Porto Esperidião elege Mesa Diretora