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MATO GROSSO

Escola da Magistratura conclui primeira etapa de nova edição do Curso de Formação de Formadores

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A Escola Superior da Magistratura de Mato Grosso (Esmagis-MT) ofertou a 30 magistrados e magistradas o terceiro nível do módulo inicial do Curso de Formação de Formadores, o Fofo. Ofertado em parceria com a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento da Magistratura (Enfam), a iniciativa foi realizada de maneira presencial, nos dias 29 e 30 de maio, na sede da Esmagis-MT, e foi elogiada pelos participantes.
 
Segundo o juiz Antonio Fábio Marquezini, da Primeira Vara Cível de Alta Floresta, foi gratificante concluir essa formação inicial. “O curso nos preparou para transmitir conhecimentos para adultos, de forma participativa, e não aquela forma tradicional, com aula unilateral dada por um professor que apenas fala a uma classe que só ouve. Ele nos preparou com metodologias ativas. O tipo de aula que ele nos capacitou a realizar é uma aula onde o aluno também é produtor do conhecimento ao lado do formador, no caso, o professor”, explicou.
 
“Eu me sinto feliz de estar concluindo o módulo inicial, que já nos capacita a ser um formador pela Enfam. A Esmagis está de parabéns por proporcionar isso aos juízes do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso. Depois do Fofo, a forma como você vê a transmissão e produção de conhecimento é totalmente alterada, você passa a ter instrumentos bem claros de como dar aulas participativas, com metodologias ativas, o que a gente não dominava antes”, complementou.
 
Mesmo com vasta experiência na docência, o juiz Antônio Horário da Silva Neto, que atua na Turma Recursal dos Juizados Especiais Cíveis, também avaliou como extremamente positiva a capacitação recém-concluída. “Finalizar esse módulo é uma satisfação, porque são três módulos de formação de formadores, e as aulas foram excepcionais, com conhecimentos novos para que nós possamos aprender a dar aula para quem já conhece da matéria, ou seja, para magistrados efetivamente, o que é totalmente diferente de você dar aulas para estudantes do curso de Direito ou num pós-graduação”, afirmou.
 
Segundo ele, a iniciativa da Esmagis é excelente, “porque consegue fazer com que aprendamos um pouco mais sobre todas as situações de sala de aula, as possibilidade de metodologia, as possibilidades de domínio da sala, desenvolvimento de cursos e conhecimentos. Essa didática é totalmente diferenciada quando se trata de dar aula para magistrados, cada um com as suas situações de vida, experiências, suas próprias competências. Isso vai engrandecer ainda mais meu desempenho em sala de aula”, asseverou.
 
As aulas foram ministradas pelos professores formadores da Enfam Jeverson Luiz Quintieri, titular da comarca de Cuiabá, e Fernando de Assis Alves, da sede da Escola Nacional. Segundo Fernando, os magistrados participantes vão aperfeiçoar o processo de ensino-aprendizagem, tanto na formação inicial quanto na formação continuada. “Esse aperfeiçoamento seguramente vai repercutir na melhoria da prestação jurisdicional, com decisões que de fato atendam aos anseios da sociedade, porque eles estão com uma formação que tem uma base ética e humana, algo que deveria ser pré-requisito, mas infelizmente não é. A partir da formação de formadores nós estamos inserindo isso no cotidiano da magistratura não só aqui de Mato Grosso, mas no restante do país inteiro.”
 
A diretora-geral da Esmagis-MT, desembargadora Helena Maria Bezerra Ramos, assinalou ser gratificante ofertar mais um módulo do Fofo aos juízes e juízas de Mato Grosso. “Como diretora da Escola, é mais uma meta cumprida a fim de capacitar os nossos magistrados para dar aula para outros magistrados mais jovens. Com isso, nós melhoramos a qualidade dos nossos cursos, porque todos os juízes que estão capacitados pelo Fofo estarão aptos para preparar os novos juízes, que não terão só a experiência prática deles, mas todo o conhecimento técnico do ensino.”
 
O objetivo principal do primeiro módulo do Fofo é compreender as temáticas que constituem a rotina do formador, tendo em vista a amplitude de possibilidades de compreensão e condução da prática educativa. Já os objetivos específicos são analisar, individual e coletivamente, o processo de formação e a atividade docente no contexto da magistratura; avaliar aspectos relacionados ao trabalho desenvolvido pelo formador a partir da sua prática docente, que contribuem para o desenvolvimento da perspectiva ética e humanística na atuação do magistrado; e articular fundamentos/conhecimentos pedagógicos à prática docente, apoiando o desenvolvimento de metodologias ativas e de processos avaliativos a partir da troca de experiência entre os formadores.
 
Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão das pessoas com deficiência visual. Descrição das imagens: Foto1 – imagem retangular colorida várias pessoas estão em pé uma ao lado da outra olhando para a foto. À frente quatro estão sentadas e também posam para a foto. Foto 2 – Homem usa roupas cinza e segura microfone. Ele olha para a frente. Foto 3 – Mulher de cabelos curtos usa roupa preta e branca e segura microfone. Ela fala com público que está sentado olhando para ela.
 
Lígia Saito/Fotos: Alair Ribeiro
Assessoria de Comunicação
Escola Superior da Magistratura de Mato Grosso (Esmagis-MT)
 
 
 

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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