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Política Nacional

Escândalo das joias: Ex-ministro ganha R$ 34 mil dos cofres públicos

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 Bento Albuquerque, ex-ministro de Minas e Energia do governo Jair Bolsonaro
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Bento Albuquerque, ex-ministro de Minas e Energia do governo Jair Bolsonaro


O ex-ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque , recebe R$ 34 mil mensalmente por fazer parte do conselho da Itaipu . O aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) perderá o cargo em breve, já que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicará outros nomes para a função.

Além de Bento, também há os bolsonaristas Célio Faria Junior, ex-assessor especial, e Adolfo Sachsida, ex-ministro de Minas e Energia, que substituiu Albuquerque no ano passado.

Albuquerque está envolvido no escândalo da entrada ilegal de joias de diamantes no Brasil. Ele possui o cargo de conselheiro até maio de 2024, mas o governo federal pode fazer substituição a qualquer momento. O governo Lula tem avaliado quais nomes serão indicados.

As pessoas que costumam fazer parte dos conselhos são indicações políticas. Como o sistema de governo no Brasil é o de coalizão, os presidentes escutam os partidos da base governista e pedem indicações para que todas as agremiações se sintam representadas. Há presidentes que pedem nomes técnicos, enquanto outros optam por figuras políticas.

Além de não mexer no conselho de Itaipu, a Casa Civil também não fez alterações na composição dos principais conselhos administrativos de estatais, como a Petrobras e Embraer. As trocas estão previstas para ocorrer em abril, segundo o Estadão.

Bento Albuquerque e o escândalo das joias

A comitiva de Bento Albuquerque voltou da Arábia Saudita com dois pacotes com presentes e uma escultura dados pelo governo saudista em outubro de 2021. Uma caixa de relógio e outros itens de valor foram entregues ao antigo mandatário do Brasil em novembro do ano passado, quando o ministro de Minas e Energia era Adolfo Sachsida.

O ex-ministro disse para os fiscais da Receita que as peças de diamantes eram da ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

Ele prestará depoimento nesta semana e mudará sua versão. Além disso, Albuquerque aceitou em receber toda a responsabilidade por parte dos bolsonaristas. A intenção é proteger a imagem do ex-presidente e também de Michelle.


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Fonte: IG Política

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Política Nacional

Lula demite Silvio Almeida após denúncias de assédio sexual

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu na noite desta sexta-feira (6) demitir o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, depois das denúncias de assédio sexual. 

“O presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual”, informou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em nota.

A Polícia Federal abriu investigação sobre o caso. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República também abriu procedimento preliminar para esclarecer os fatos.

“O governo federal reitera seu compromisso com os Direitos Humanos e reafirma que nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada”, completou a nota. 

Silvio Almeida estava à frente do ministério desde o início de janeiro de 2023. Advogado e professor universitário, ele se projetou como um dos mais importantes intelectuais brasileiros da atualidade ao publicar artigos e livros sobre direito, filosofia, economia política e, principalmente, relações raciais.

Seu livro Racismo Estrutural (2019) foi um dos dez mais vendidos em 2020 e muitos o consideram uma obra imprescindível para se compreender a forma como o racismo está instituído na estrutura social, política e econômica brasileira. Um dos fundadores do Instituto Luiz Gama, Almeida também foi relator, em 2021, da comissão de juristas que a Câmara dos Deputados criou para propor o aperfeiçoamento da legislação de combate ao racismo institucional.

Acusações

As denúncias contra o ministro Silvio Almeida foram tornadas públicas pelo portal de notícias Metrópoles na tarde desta quinta-feira (5) e posteriormente confirmadas pela organização Me Too. Sem revelar nomes ou outros detalhes, a entidade afirma que atendeu a mulheres que asseguram ter sido assediadas sexualmente por Almeida.

“Como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentam dificuldades em obter apoio institucional para validação de suas denúncias. Diante disso, autorizaram a confirmação do caso para a imprensa”, explicou a Me Too, em nota.

Segundo o site Metrópoles, entre as supostas vítimas de Almeida estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que ainda não se pronunciou publicamente sobre o assunto.

Horas após as denúncias virem a público, Almeida foi chamado a prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias. A Comissão de Ética da Presidência da República decidiu abrir procedimento para apurar as denúncias. A Secretaria de Comunicação Social (Secom) informou, em nota, que “o governo federal reconhece a gravidade das denúncias” e que o caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem”. A Polícia Federal (PF) informou hoje que vai investigar as denúncias.

Em nota divulgada pela manhã, o Ministério das Mulheres classificou como “graves” as denúncias contra o ministro e manifestou solidariedade a todas as mulheres “que diariamente quebram silêncios e denunciam situações de assédio e violência”. A pasta ainda reafirmou que nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada e destacou que toda denúncia desta natureza precisa ser investigada, “dando devido crédito à palavra das vítimas”.

Pouco depois, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, publicou em sua conta pessoal no Instagram uma foto sua de mãos dadas com Anielle Franco. “Minha solidariedade e apoio a você, minha amiga e colega de Esplanada, neste momento difícil”, escreveu Cida na publicação.

Fonte: EBC Política Nacional

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