O governo equatoriano alegou, neste sábado (6), que invadiu a embaixada do México em Quito porque havia um “risco real de fuga iminente” do ex-vice-presidente Jorge Glas, preso pela polícia local durante a invasão.
Em coletiva de imprensa, a ministra de Relações Exteriores do Equador, Gabriela Sommerfeld disse que “a decisão do presidente da República foi tomada diante de um risco real de fuga iminente do cidadão requerido pela Justiça, em exercício de nossa soberania”.
Na sexta-feira (5), policiais invadiram a embaixada mexicana para prender Glas, que tinha recebido asilo político do México. Neste sábado, ele foi transferido para uma penitenciária de segurança máxima . O caso repercutiu internacionalmente, e o México rompeu relações diplomáticas com o Equador.
Glas, preso por corrupção em um caso envolvendo a Odebrecht, estava na embaixada desde dezembro do ano passado, e alega sofrer perseguições da Procuradoria-Geral do Equador.
“O Governo Nacional cumpriu o mandado de prisão de Jorge Glas, emitido pelo Tribunal Nacional de Justiça e colocado sob as ordens das autoridades competentes. Para o Equador, nenhum delinquente pode ser considerado um perseguido político, quando foi condenado com sentença executada e com disposição de captura”, disse a ministra equatoriana.
Gabriela Sommerfeld acrescentou, ainda, que a embaixada mexicana, que abrigou Glas, contribuiu para que o condenado violasse sua obrigação de se apresentar semanalmente à Justiça, “afetando assim as instituições democráticas do Equador, violando claramente o princípio fundamental de não intervenção nos assuntos internos de outros estados”.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.