Entidades médicas como o Conselho Federal de Medicina (CFM), a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) elaboraram um documento detalhado com mais de 200 referências bibliográficas para comprovar a segurança e eficácia do uso do fenol em diversas especialidades médicas.
Segundo as entidades declararam nesta segunda-feira (22), o fenol “é fundamental” em tratamentos como oncologia, coloproctologia, urologia, neurologia, otorrinolaringologia e dermatologia, proporcionando resultados eficazes e seguros quando administrado por médicos especialistas. Um documento sobre o tema foi encaminhado para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária ( Anvisa ).
A polêmica surgiu após a publicação da Resolução 2.384/2024 pela agência que regulamenta os medicamentos no Brasil, que proibiu a venda e o uso de produtos à base de fenol no Brasil.
As entidades médicas alertam que a manutenção dessa norma está prejudicando a assistência de milhares de pacientes, que estão tendo seus tratamentos adiados devido à restrição imposta.
Além disso, o CFM, a SBD e a SBCP ressaltam que o fenol é utilizado no Sistema Único de Saúde (SUS) e possui vasta evidência científica de eficácia em diversos procedimentos médicos.
Segundo o documento enviado à Anvisa, o fenol é considerado seguro e eficaz quando utilizado de maneira adequada, sob supervisão médica e seguindo protocolos específicos.
Nas áreas de oncologia, neurologia, otorrinolaringologia, coloproctologia e dermatologia, o fenol desempenha um papel crucial segundo as entidades, e oferece tratamentos eficazes para diversas condições clínicas.
As entidades destacam a importância de uma análise médica completa do paciente antes de procedimentos que envolvam o uso de fenol, visando minimizar riscos e garantir bons resultados.
Neste mês de setembro , o Dia Mundial do Daltonismo tem o objetivo de esclarecer alguns pontos envolvendo o distúrbio da visão, como os sinais para identificá-lo ainda na infância. De acordo com a oftalmologista Mayra Melo, o diagnóstico é crucial para garantir o suporte adequado no desenvolvimento escolar e social.
O daltonismo é conhecido como discromatopsia, sendo portanto, alteração na percepção das cores que afeta cerca de 8% dos homens e 0,5% das mulheres no mundo.
“Os pais devem observar sinais como dificuldade em distinguir cores básicas, como vermelho e verde, ou quando a criança troca frequentemente as cores ao desenhar ou colorir”, orienta Mayra.
É comum também que os pais notem uma certa preferência por roupas de cores neutras ou frequência da dificuldade em atividades que envolvam a diferenciação de cores, como jogos e brincadeiras.
“Em muitos casos, a criança pode sentir frustração ou desinteresse em atividades escolares que envolvem cores, o que pode ser erroneamente interpretado como falta de atenção ou interesse”, alerta a especialista.
O diagnóstico é feito por um oftalmologista, utilizando testes específicos como o de Ishihara, que avalia a percepção das cores. Apesar de não haver cura para a condição, o diagnóstico precoce permite que a criança seja orientada e adaptada para lidar melhor.
“O uso de ferramentas adequadas, como material escolar com contrastes fortes e a utilização de óculos ou lentes com filtros especiais, pode fazer toda a diferença no desenvolvimento acadêmico e na autoestima da criança”, afirma.