O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo ( TRE-SP ) manteve nesta quarta-feira (28) a liminar que suspende as contas de Pablo Marçal , candidato a prefeito de São Paulo, nas redes sociais (Instagram, TikTok, Facebook, Discord e X). O empresário alega ” censura” em pronunciamentos feitos em perfis reservas, usando uma foto sua com uma faixa na boca com a frase “sistema”.
A Justiça determinou a suspensão das contas de Marçal nas redes, enquanto ocorre um processo que analisa supostas irregularidades na campanha do ex-coach. O candidato não foi banido das plataformas, por isso recebeu autorização para criar perfis reservas, desde que siga regras eleitorais.
A liminar foi dada no sábado (24) pelo juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, após pedido da coligação de Tabata Amaral (PSB-SP), que é uma das concorrentes do empresário. Na quarta-feira, a decisão foi mantida pelo juiz do TRE Claudio Langroiva.
Na ação, o PSB aponta um suposto esquema de “concurso” no qual pessoas usam contas nas redes sociais para postar “cortes de vídeos” do candidato para que viralizem. Quem consegue altos índices de visualizações recebe premiação em dinheiro, o que é considerado uma “estratégia de cooptação de colaboradores para disseminação de seus conteúdos”, de acordo com o documento entregue pelo PSB.
Com essa estratégia, Marçal teria conquistado “mais de 2 bilhões de visualizações no TikTok e duplicou seu tamanho no Instagram, tendo mais de 5 mil pessoas fazendo ‘cortes’ de seu conteúdo”, argumentou a campanha de Tabata Amaral.
“Monetizar cortes equivale a disseminar continuamente uma imagem sem respeito ao equilíbrio que se preza na disputa eleitoral”, disse o juiz ao dar a liminar. Ele também pontuou que o poder econômico de Pablo Marçal pode ser um dano e que vai “em total confronto com a regra que deve cercar um certame justo e proporcional”.
Na decisão de quarta-feira, o juiz adicionou que há legalidade na suspensão dos perfis de Marçal. A medida conseguiria “garantir além da integridade do pleito, os direitos fundamentais dos demais candidatos à igualdade, ao equilíbrio e à correção de todo o pleito, o que afasta este pressuposto cautelar”.
Pablo Marçal recorreu da decisão, classificando a suspensão como violação ao “direito à liberdade de expressão” e argumentando que a investigação deveria ser concluída antes de qualquer ação impedindo o uso dos perfis nas redes sociais.
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.