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Enem: entenda como as notas da prova e da redação são calculadas

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O Enem utiliza a Teoria de Resposta ao Item (TRI) para calcular a nota das provas
katemangostar / Freepik

O Enem utiliza a Teoria de Resposta ao Item (TRI) para calcular a nota das provas


As notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) são calculadas de forma diferente de outras provas convencionais, já que elas não são resultado da somatória da quantidade de acertos no exame. No Enem, duas pessoas que acertaram a mesma quantidade de questões, por exemplo, podem ter notas diferentes, já que cada item é avaliado de uma forma diferente.

O Enem utiliza a Teoria de Resposta ao Item (TRI) como metodologia de correção das questões objetivas e, consequentemente, para calcular as notas dos candidatos.

O TRI é um conjunto de modelos matemáticos que indica a relação entre três itens principais: a probabilidade de o participante responder uma questão corretamente; o conhecimento dele na área que está sendo avaliada; e as características dos itens.

O cálculo é feito, em cada uma das áreas de conhecimento, a partir de uma escala, que mede o nível de compreensão do candidato daquele assunto. A metodologia considera a particularidade de cada item, ou seja, as notas não dependem da quantidade de questões, mas de como elas são compostas.

O desempenho dos estudantes tem como média os 500 pontos, que seria o meio da ‘régua’. As perguntas que estão abaixo de 500 têm menor nível de dificuldade para a maioria dos estudantes. E as que estão acima de 500, nível maior.

Dessa forma, o sistema considera que, quem acertou as questões mais difíceis, mas errou as consideradas mais fáceis, pode ter “chutado” as respostas. Esse candidato terá, então, uma nota menor do que a de quem acertou o mesmo número de perguntas mais fáceis e errou as mais complicadas.

E a redação?

De acordo com a Cartilha do Participante, que pode ser acessada no site gov.br , o texto será avaliado por ao menos dois professores graduados em Letras ou Linguística, de forma independente, sem que um conheça a nota atribuída pelo outro.

Na redação, os participantes serão avaliados segundo as competências exigidas no texto:

  • Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa;
  • Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa;
  • Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista;
  • Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação;
  • Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.

Cada um dos avaliadores vai atribuir uma nota entre 0 e 200 para cada uma dessas cinco competências. A soma desses pontos vai compor a nota final de cada avaliador, que pode chegar a 1.000. A nota final da redação do participante será, então, a média aritmética das notas totais dadas pelos dois avaliadores.

Além de seguir os critérios de correção acima, os participantes devem se atentar a alguns pontos que podem fazer com que ele zere a redação. Confira:

  • fuga total ao tema;
  • não obediência ao tipo dissertativo-argumentativo;
  • extensão de até 7 (sete) linhas manuscritas, qualquer que seja o conteúdo, ou extensão de até 10 (dez) linhas escritas no sistema braille;
  • cópia de texto(s) da Prova de Redação e/ou do Caderno de Questões sem que haja pelo menos 8 linhas de produção própria do participante;
  • desenhos e outras formas propositais de anulação em qualquer parte da Folha de Redação (incluindo os números das linhas na margem esquerda);
  • números ou sinais gráficos sem função evidente em qualquer parte do texto ou da Folha de Redação (incluindo os números das linhas na margem esquerda);
  • parte deliberadamente desconectada do tema proposto;
  • impropérios e outros termos ofensivos, ainda que façam parte do projeto de texto;
  • assinatura, nome, iniciais, apelido, codinome ou rubrica fora do local devidamente designado para a assinatura do participante;
  • texto predominante ou integralmente escrito em língua estrangeira;
  • Folha de Redação em branco, mesmo que haja texto escrito nas Folhas de Rascunho;
  • texto ilegível, que impossibilite sua leitura por dois avaliadores independentes.

A edição deste ano do exame será aplicada nos dias 5 e 12 de novembro em todo o país. De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), mais de 3,9 milhões de pessoas estão inscritas para realizar a prova.

Fonte: Nacional

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BRASIL

PF cumpre mandado em Cuiabá sobre venda de sentença no Judiciário

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Por Fabio Serapião

Da folhapress Brasilia

A Polícia Federal cumpre, na manhã desta quinta (24), mandados de busca e apreensão em uma investigação sobre venda de sentenças que envolve cinco desembargadores do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul.

Cinco desembargadores foram afastados dos cargos. Além das buscas, também há medidas como proibição de acesso às dependências de órgão público, vedação de comunicação entre investigados e uso de tornozeleira eletrônica.

Um mandado de busca e apreensão foi cumprido, na manhã desta quinta-feira (24), em um condomínio de luxo em Cuiabá,

O alvo seria um lobista e as investigações apontam para a ligação com morte do advogado Roberto Zampieri.

A ação foi batizada de Ultima Ratio e investiga os crimes de corrupção em vendas de decisões judiciais, lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e falsificação de escrituras públicas no Poder Judiciário.

Os mandados de busca foram expedidos pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) e são cumpridos por cerca de 200 policiais federais em Campo Grande (MS), Brasília (DF), São Paulo (SP) e Cuiabá.

A investigação sobre a comercialização de sentença teve apoio da Receita e é um desdobramento da operação Mineração de Ouro, deflagrada pela PF em 2021.

Na primeira fase, a investigação tinha como foco a suposta participação de integrantes do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul em uma organização criminosa.

O nome da operação teve como origem a descoberta de que a aquisição de direitos de exploração de mineração em determinadas áreas eram utilizadas para lavagem de dinheiro proveniente do esquema.

Esse não é o único caso relacionado a venda de sentença judicial em investigação no âmbito do STJ.

Um ministro do próprio tribunal está na mira da PF sob suspeita de venda de sentença.

CASO ZAMPIERI – As investigações que chegaram às suspeitas sobre o STJ se iniciaram após o homicídio de um advogado em dezembro do ano passado, em Mato Grosso.

O caso levou ao afastamento de dois desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

O advogado Roberto Zampieri foi assassinado com dez tiros em dezembro passado.

Na ocasião, ele estava dentro do carro, em frente ao seu escritório em Cuiabá.

Em seu celular, havia mensagens que levantaram suspeitas de vendas de decisões por gabinetes de quatro ministros do STJ.

As investigações iniciais apontavam como uma das motivações processos de disputas de terras que tramitam no Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

Outro caso de venda de sentenças ainda em andamento é no Tribunal de Justiça da Bahia.

Lá, a operação Faroeste se transformou no maior caso de venda de decisões judiciais do Brasil.

Nos últimos meses, duas desembargadores baianas se tornaram rés (uma delas pela segunda vez) no âmbito da operação, juízes do sul do estado foram afastados sob suspeita de irregularidades em questão fundiária e um magistrado da região oeste disse sofrer ameaças por julgar casos relacionados a grilagem.

No início de julho passado, a Corregedoria Nacional de Justiça decidiu fazer uma investigação diante de nova suspeita de irregularidades no tribunal, com convocação de testemunhas e análise de equipamentos eletrônicos.

Ao mesmo tempo, o corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, determinou uma apuração profunda sobre o tribunal, em decorrência de “gravíssimos achados”.

Entre eles, estão problemas na vara de Salvador encarregada de analisar casos de lavagem de dinheiro e organização criminosa. Há relatos de atrasos dos juízes em audiências, ineficiência e servidores da vara com temor de represálias de magistrados.

Cuiabá é uma das cidades alvo da Operação Ultima Ratio, que investiga supostos crimes de vendas de sentença, lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e falsificação de escrituras públicas no Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul. A ação foi deflagrada nesta quinta-feira (24), no estado vizinho.

Segundo a PF, são cumpridos 44 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça em Campo Grande (MS), Brasília (DF), São Paulo (SP) e Cuiabá.

A ação teve o apoio da Receita Federal e é um desdobramento da Operação Mineração de Ouro, deflagrada em 2021, na qual foram apreendidos materiais com indícios da prática dos referidos crimes.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou o afastamento do exercício das funções públicas de servidores, a proibição de acesso às dependências de órgão público, a vedação de comunicação com pessoas investigadas e a colocação de equipamento de monitoramento eletrônico.

 

 

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