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MATO GROSSO

Encontro Indígena reúne povos originários e oferece programação cultural para o público

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Representantes de povos originários de Mato Grosso se reúnem em Cuiabá nos dias 18 a 21 de abril para debater sobre direitos, territorialidades, meio ambiente e cultura. O 10º Encontro Indígena será realizado no Museu de História Natural de Mato Grosso, e a programação conta com palestras, rodas de conversa, vivências, apresentações culturais, feira de artesanato, oficinas de arte e idioma indígena. O evento é aberto ao público, que pode fazer inscrição prévia pela internet.

“Neste ano, a proposta é refletir sobre as territorialidades, que não se restringem apenas ao espaço geográfico, mas se estendem à existência de cada povo, à preservação da cultura e o papel das aldeias na sustentabilidade e proteção contra mudanças climáticas. O Encontro Indígena é também uma festa, uma celebração da vida e da cultura dos povos originários”, explica Enir Maria Silva, coordenadora do Museu de História Natural.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) identificam 240 povos indígenas no Brasil, sendo 43 deles em Mato Grosso, com uma população de 42 mil indígenas residentes em todo o estado. Entre as etnias já confirmadas estão os Umutina, Kuikuro, Bororo, Karajá, Xavante, Kamayurá, Kurâ-Bakairi, Manoki e Guató.

Para Nárru Yamalui, do povo Kuikuro – do Alto Xingu, o evento é uma oportunidade para vivenciar a diversidade cultural entre os povos indígenas de Mato Grosso. “Nós somos indígenas e temos língua, crenças, arte e histórias diferentes. Nos encontros a gente conversa com as crianças, jovens e adultos e tira dúvidas sobre a nossa realidade. Essa é uma forma de fortalecer a nossa cultura”.

Ao todo, a organização do evento espera receber até cinco mil pessoas ao longo dos quatro dias de programação. Para o público geral, será uma oportunidade de conhecer mais sobre a luta e a cultura dos povos indígenas, além de participar oficinas de biojoias, confecção de bonecas indígenas, idioma, grafismo, pintura facial e arco e flecha. Também haverá artesanato produzido pelos indígenas para exposição e venda no local, viabilizada por meio de uma parceria do programa Mato Grosso Criativo, da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT).

“Os povos indígenas possuem saberes, práticas e tradições que são incorporadas na culinária, música, dança, folclore e na língua de todo povo brasileiro. Esta será uma oportunidade para dialogar com os diferentes povos que participarão do evento e se conectar com essa herança ancestral de forma ativa e consciente”, comenta Vitória Ramirez Zanquetta, curadora do Museu.

O Encontro Indígena é realizado desde 2008 pelo Museu de História Natural de Mato Grosso, e reúne representantes de diferentes povos para compartilhar experiências, saberes e lutas. Por meio do evento, a instituição busca estreitar laços com os povos originários e contribuir para o fortalecimento e valorização das culturas tradicionais.

Serviço:

O Museu de História Natural de Mato Grosso é um equipamento cultural da Secel-MT, que funciona em gestão compartilhada com o Instituto Ecossistemas e Populações Tradicionais (Ecoss). Endereço: Av. Manoel José de Arruda, 2000 – Jardim Europa, Cuiabá – MT

Para inscrições e mais informações sobre a programação acesse: https://www.sympla.com.br/10-encontro-indigena__1950613

Entrada: 1kg de alimento não perecível por pessoa. O montante será doado para os povos indígenas que participam do evento.

Transmissão online das mesas redondas: youtube.com/@museudehistorianaturaldema1041

Mais informações sobre o evento e o Museu no Instagram: @museuhistorianaturalmt

Com informações da assessoria do Museu de História Natural

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Quebrando o silêncio e encorajando: “Se precisar, peça ajuda”

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Falar sobre saúde mental é algo desafiador nos tempos que vivemos, mas precisamos quebrar o silêncio e abordar esse assunto. Quantas pessoas estão, neste momento, passando por agonia, sem saber por onde começar? Muitas questões estão acumuladas no subconsciente, transformando a vida em uma aflição, quando, na verdade, a vida é um presente, uma dádiva.

No Brasil, o mês de setembro passou a ser dedicado a essa discussão a partir de 2015, por diferentes entidades que buscam esclarecer a população sobre o tema, usando a cor amarela. Assim surgiu o “Setembro Amarelo”. No entanto, uma campanha internacional teve início nos Estados Unidos após a trágica morte do jovem norte-americano Mike Emme, que tinha 17 anos. A família e os amigos não perceberam que Mike precisava de ajuda, e ele acabou tirando a própria vida.

Recentemente, a família do jovem norte-americano concedeu uma entrevista a um veículo de comunicação e compartilhou a dor da perda, que nunca tem fim para a família e os amigos. Contudo, ao olharem para a mobilização gerada pela morte do filho e a compaixão em ajudar outras pessoas a enfrentar problemas semelhantes por meio das campanhas, o sentimento de dor se transformou em uma missão de ajudar o próximo.

Histórias como essa estão por toda parte. Como mãe, esposa e atualmente servindo à população como primeira-dama do Estado, tenho a responsabilidade de falar sobre o assunto. Quero encorajar as pessoas a olhar mais para o próximo. Não estou falando de cuidar da vida do outro, mas de tentar perceber sinais que podem estar atormentando aqueles ao nosso lado. Da mesma forma, encorajo as pessoas que estão passando por problemas a encontrar um porto seguro e conversar com alguém; esse é o primeiro passo. Os sintomas do suicídio são silenciosos, e o escape se dá com a depressão, e nem sempre conseguimos identificar esses sinais.

Especialistas alertam que a depressão é uma doença psicológica grave e frequentemente subestimada, que pode levar ao suicídio. Caracterizada por alterações de humor, às vezes uma pessoa que demonstra uma alegria constante pode estar escondendo uma dor; tristeza profunda; baixa autoestima e sensação de falta de perspectiva. A depressão pode ter várias causas, incluindo fatores genéticos, perdas pessoais, desilusão amorosa e abuso de substâncias.

A doença faz com que a pessoa se sinta envergonhada, rejeitada e solitária, e, devido à sua subestimação social, pode levar a pensamentos suicidas como uma forma de escapar das angústias. É crucial buscar acompanhamento profissional para o tratamento da depressão, o qual pode reduzir significativamente o risco de suicídio.

Se você está passando por um momento difícil, saiba que não está sozinho(a). Pedir ajuda é um ato de coragem. Converse com alguém de confiança, procure um profissional e, se precisar, ligue para o CVV: 188.

De acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), no Brasil, 12,6% dos homens, a cada 100 mil, em comparação com 5,4% das mulheres, a cada 100 mil, morrem devido ao suicídio. A única maneira de ajudar uma pessoa que está com pensamentos suicidas é o apoio de pessoas próximas e profissionais. Se precisar, peça ajuda; esse é o melhor caminho. Nem sempre conseguimos superar nossas fragilidades sozinhos. Além dos familiares e amigos, procure um profissional habilitado. O processo não é fácil, mas, com determinação e fé, a superação é uma questão de tempo.

Quem acompanha meu trabalho sabe que já passei por inúmeros desafios com minha saúde, momentos delicados. A única coisa que eu pensava era como superar algo que não dependia apenas de mim. Todas as doenças que enfrentei e a minha superação diária vão além da minha força de vontade. No meu caso, a fé em Deus, a minha família e a ajuda profissional foram primordiais, pois há momentos em que o corpo e a mente cansam. É nesse momento que precisamos ser humildes o suficiente para dizer: “Sim, eu preciso de ajuda”.

A vida é maravilhosa; a vida é um presente diário. “Se precisar, peça ajuda.”

Virginia Mendes é economista, mãe de três filhos, primeira-dama de MT e voluntária nas ações de Governo na área social por meio da Unidade de Ações Sociais e Atenção à Família (UNAF).

Fonte: Governo MT – MT

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