MATO GROSSO
Encontro das redes de enfrentamento à violência doméstica debate direitos humanos e acolhimento
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12 meses atrásem
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oestenewsA vice-presidente do Tribunal, desembargadora Maria Erotides Kneip destacou o momento em que todas as atenções estão voltadas para a temática do combate à violência contra a mulher. “A importância desse 1º Encontro de Redes de Enfrentamento está localizada dentro dos 21 dias de ativismo para o fim da violência, tudo conspirando para que o encontro acontecesse nesse espaço e nesse momento. As redes precisam trabalhar de formar articulada entre as instituições que a compõem, e umas com as outras, para que verdadeiramente aconteça o enfrentamento e a proteção que nós precisamos oferecer para que a mulher vítima de violência possa denunciar e possa obter do Estado a proteção que ela tanto precisa”, disse.
Segundo Kneip, a violência contra a mulher é um problema social com raízes culturais, difícil de combater, mas destacou que a reflexão sobre o tema é necessária. “É importante que os diálogos aconteçam e que aconteçam, principalmente, nos espaços públicos. E o Poder Judiciário está fazendo isso de uma maneira muito bem feita, através da Cemulher, com a desembargadora Maria Aparecida Ribeiro”, elogiou.
O desembargador destacou ainda que cabe aos juízes e às juízas fazer o enfrentamento à violência e garantir os direitos das mulheres, mas que isso não se faz sozinho. “É absolutamente imprescindível a participação de toda essa rede, de todos os atores que são indispensáveis nessa imensa, profunda e constante luta contra a violência, mas a favor dos direitos das mulheres”.
Conforme a promotora de justiça, é preciso que o servidor público designado para atuar no atendimento dessas mulheres esteja atento aos detalhes que essa abordagem requer. “Ouvir olhando para ela, acolhendo a fala dela, legitimando a fala dela, não julgando, oferecendo as informações necessárias para que ela consiga romper aquele ciclo da violência”, orientou.
Representando a Esmagis-MT, a desembargadora Helena Maria Bezerra Ramos relatou que, ao longo de quase 35 anos de magistratura, tem acompanhado a escalada da violência contra as mulheres e pontuou como uma das saídas o amadurecimento das ações do poder público. “Hoje e amanhã o poder judiciário e parceiros estarão reunidos para o 1º encontro das redes de enfrentamento à violência doméstica, oportunidade crucial para promover a conscientização e sensibilização quanto à importância do trabalho em rede. Essa é uma oportunidade ímpar para disseminar conhecimentos e reiterar a importância do trabalho em rede, que traz múltiplos benefícios, como o aumento da capilaridade e efetividade das ações propostas”.
A juíza coordenadora do Encontro e titular da 1ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, Ana Graziela Vaz de Campos Alves Corrêa, reforçou a necessidade de a rede estar fortalecida, se capacitando e trocando boas práticas, o que é a proposta do evento. “No combate à violência doméstica e em qualquer área nenhuma instituição faz nada sozinha. A gente trabalha em conjunto para fazer todos os encaminhamentos, trabalhar em sintonia. Não adianta o Judiciário andar pra um lado e os demais órgãos pro outro, temos que andar na mesma direção para fazer um trabalho de excelência porque essa mulher precisa do esforço de todos para sair desse ciclo de violência doméstica”.
#ParaTodosVerem – Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão das pessoas com deficiência visual. Foto 1: Foto que mostra o auditório do Tribunal de Justiça lotado. À frente, falando no púlpito está a desembargadora Maria Erotides Kneip. Ela é uma senhora branca, de cabelos longos, lisos e grisalhos, usando blusa preta, calça e terno bege. Atrás dela, no palco, há um telão com a logomarca do evento, em tons vermelho e laranjado e ilustrado com várias mãos formando um coração. Foto 2: Desembargador do TJSP, José Henrique Rodrigues Torres, concede entrevista à TJ Justiça. Ele é um senhor branco, calvo, de barba branca, usando camisa azul, terno marrom e óculos de grau. Foto 3: Promotora de Justiça Érica Canuto concede entrevista à TV.Jus. Ela é uma mulher parda, de cabelos lisos e pretos, olhos escuros, usando vestido amarelo. Atrás dela, há o saguão do auditório do TJ com um banner da Cemulher.
Celly Silva/ Fotos: Keila Maressa e Josi Dias
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