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MATO GROSSO

Empresário destaca ações do Governo de MT que impulsionam setor imobiliário no Estado

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O empresário Júlio Cesar de Almeida Braz, diretor-presidente da Ginco Urbanismo, destacou em entrevista ao site Mídia News, que os investimentos realizados pelo Governo de Mato Grosso tem sido cruciais para o avanço do setor imobiliário no Estado.

Segundo ele, a construção de novas rodovias, a recuperação de estradas, e os investimentos em infraestrutura, incluindo a construção do Hospital Universitário na capital, são fatores determinantes para o crescimento do mercado.

Júlio ressaltou que as iniciativas não só melhoram a logística e a conectividade entre as cidades, mas também criam um ambiente propício para novos empreendimentos imobiliários, impulsionando o desenvolvimento regional de maneira significativa.

Confira a entrevista completa do empresário no site Mídia News:

MidiaNews: Qual é a expectativa do mercado imobiliário de Mato Grosso para os próximos anos?
Júlio Cesar de Almeida Braz: Nossa expectativa é muito positiva. Acreditamos que o mercado mato-grossense tende a ter um crescimento exponencial. Estamos atingindo, tanto na Capital quanto no interior, números bastante relevantes. A Capital deve atingir nos próximos dois ou três anos, somando com Várzea Grande, mais de um milhão de habitantes. No momento que atingirmos esse número, todas as outras questões de crescimento urbanístico serão exponenciais. Basta olhar outras cidades em que isso aconteceu, é um crescimento muito grande. Hoje temos, praticamente, a estrutura de uma metrópole, várias duplicações de vias, novos terminais logísticos chegando. Isso tudo vai trazer um outro crescimento em uma outra formatação.
MidiaNews: Nos últimos anos houve um boom de condomínios horizontais fora das regiões centrais das cidades. Esse tipo de demanda vai continuar alta?
Júlio Cesar de Almeida Braz: Sim, esse tipo de demanda vai continuar. Basta olhar para outras cidades que tiveram esse mesmo crescimento. Temos uma referência muito próxima, que é Goiânia, onde hoje já tem empreendimentos a mais de 20, 30 quilômetros de distância do Centro. Isso é uma tendência. Cada vez mais haverá pessoas buscando qualidade de vida, tranquilidade, área verde, atributos que hoje há dificuldade de ter áreas centrais.
As pessoas tiveram que ficar em casa e, nesse momento, entenderam que o espaço em que estavam era pequeno. Tiveram que ficar confinadas, muitas vezes, sem ter acesso à luz do sol ou a áreas verdes. Isso as levou a pensar em áreas maiores, áreas livres e a condição da casa em condomínio era uma alternativa positiva e passaram a optar por essa opção. A segurança é um elemento básico, o adicional foi basicamente mais espaço e, principalmente, área verde. Nossos empreendimentos prezam muito por essa questão da área verde.
MidiaNews: Como está o setor agora, diante do crescimento modesto da economia do País?
Júlio Cesar de Almeida Braz: Como o nosso negócio é de ciclo longo, temos que estar sempre atentos e sabermos nos adaptar às situações. Então, entre você definir uma área, ter aprovação, viabilidade, colocar isso à venda e entregar esse produto ao cliente, temos algo em torno de quase 10 a 15 anos. Como é um ciclo longo, preciso estar sempre “vacinado” para esse tipo de situação. Então, não somos afetados a nível de humor por essas questões sazonais e esse é um momento sazonal, mas há perspectivas positivas, quer dizer, tem um cenário melhor para o futuro. Diferente do período de “ressaca” que mencionei, quando eu não enxergava o cenário futuro, que era mais obscuro.
MidiaNews: Quais fatores influenciam diretamente no aquecimento do setor?
Júlio Cesar de Almeida Braz: Além desses que já abordei, há ainda a linha de crédito, necessidade de áreas maiores e mais verdes, e a qualidade de vida. As cidades que oferecem isso, que oferecem algum tipo de serviço adicional, além dos médicos, de educação e de segurança que são básicos, quanto melhor forem esses serviços, mais o mercado consegue ter um crescimento vigoroso. Obviamente, quando você não tem esses serviços, as pessoas tendem a mudar para outras localidades. Ou seja, cidades com mais segurança, com mais condição de qualidade de vida são mais favoráveis para o mercado imobiliário.
MidiaNews: Podemos afirmar que o mercado de Cuiabá é um caso à parte por causa do PIB do agro?
Júlio Cesar de Almeida Braz: Influencia, mas não tão diretamente, somos indiretamente influenciados. Não sofremos esses picos de crescimento que o agro projeta, principalmente, no interior e em regiões mais focadas no agronegócio. Temos um crescimento um pouquinho mais orgânico, porém moderado, sem sofrer essas oscilações. Porque, na prática, somos uma cidade de prestação de serviços, sejam eles administrativos, jurídico, de saúde ou de educação. Então, crescemos com o Estado. E o Estado todo crescendo, Cuiabá cresce também.
Alguns Estados têm muito a nossa característica, mas lá, por exemplo, eles já têm ferrovias há 50, há 100 anos e, mesmo assim, somos mais competitivos que eles. Imagina quando tivermos isso aqui.
**MidiaNews:** Como avalia as ações de infraestrutura do Governo do Estado? Colaboram para o aumento da potência no setor e em outros?
**Júlio Cesar de Almeida Braz:** Sem dúvidas, eu diria que esse talvez seja um dos pontos mais vantajosos de Mato Grosso no momento. O estado vem fazendo inúmeros investimentos de infraestrutura, novas rodovias e rodovias recuperadas. É um número que nunca tínhamos visto igual. Pontes, ligação entre cidades, quase não teremos cidades que não estejam atendidas por asfalto. A intervenção do Estado na área da Saúde também é um ponto importantíssimo, porque só aqui na capital temos um hospital central, o Hospital Universitário, além das obras de infraestrutura. São fatores que interferem diretamente no setor imobiliário.
MidiaNews: Há expectativa de linhas de crédito mais atraentes?
Júlio Cesar de Almeida Braz: Acreditamos que a taxa de juros tende a cair, apesar que esse descontrole das contas públicas trará algum tipo de complicação. Mas outros elementos da economia devem traduzir uma taxa de juros abaixo de 2 dígitos. Uma taxa de juros aceitável no mercado imobiliário, por exemplo, gira em torno de 8% ao ano. Hoje a taxa de juros básica está entre 10,75% e 10,5%.
Júlio Cesar de Almeida Braz: Temos em torno de 50% de índice de aproveitamento, quase um metro quadrado de área verde para um metro de área de venda. Na realidade, o índice de aproveitamento é até menor quando considero a área total, porque também temos os APPs (Área de Preservação Permanente). Diria que no passado tínhamos certa dificuldade, porque isso, obrigatoriamente, torna o preço um pouco diferente. Mas hoje as pessoas já perceberam o valor disso, principalmente depois que entram no empreendimento pronto. A diferença é muito grande e a pessoa se sente mais agradável, mas ela, às vezes, não consegue ainda fazer essa ligação, que é por conta dessas áreas verdes.
Pessoas que se fixem em um lugar, pessoas com capital financeiro e com capital intelectual.
Mas acredito que enfrentaremos o desafio do adensamento. Quanto mais verticalização, que em tese seria mais inteligente, você terá um maior adensamento e, onde antes você tinha dois ou três carros em um lote, passaria a ter 30, 40 ou 50 carros. A política de adensamento nos causou um problema, uma armadilha que precisa ser desarmada, é pensar em um processo de expansão, criar situações que você possa de fato ter um ambiente melhor, na questão de um trânsito mais tranquilo, estacionamento mais fácil, por exemplo.
Não estou sendo contra, mas quanto mais a verticalização ocorrer, maior será o desafio. Precisa ter um ponto de equilíbrio. Esse será um desafio para Cuiabá, porque hoje temos uma qualidade de vida boa, andamos com facilidade, temos tranquilidade, às vezes com alguns problemas no deslocamento, mas as intervenções públicas, no meu ponto de vista, estão facilitando isso, mas muito provavelmente iremos nos deparar com essa situação.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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