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MATO GROSSO

Empaer realiza curso de piscicultura para agricultores em São Felix do Araguaia

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O curso de Piscicultura para agricultores familiares foi realizado no município de São Félix do Araguaia (1.200 km a nordeste de Cuiabá), com o objetivo de auxiliar no cultivo e na produção de peixe. O curso aconteceu no laboratório de produção de alevinagem da Associação dos Produtores Rurais, localizada no Assentamento Rural Mãe Maria. O assunto de destaque foi a reprodução de alevinos e cruzamento de algumas espécies.

Durante o curso, foram abordados o trabalho de desova dos peixes e reprodução, construção correta dos viveiros, a qualidade da água, como alimentar os peixes sem desperdícios, espécies para cultivo, doenças nos animais e comercialização. Também foram repassadas informações sobre legislação ambiental, despesca e transporte dos peixes entre outros temas.

O engenheiro de pesca da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Enock Alves dos Santos, fala que a piscicultura pode render até 25% de lucro para os produtores rurais, mas é necessário receber orientações técnicas para começar na atividade. Ele destaca que vários fatores são importantes para o crescimento e sucesso da atividade, bem como: manejo, alimentação e nutrição de peixes, qualidade e oxigênio da água, temperatura, densidade por metro quadrado, controle no cultivo de alevinos e outros.

De acordo com Enock, o Estado de Mato Grosso tem uma produção de 50 mil toneladas de peixes por ano, cultivados em tanques, e que a implantação de um projeto de piscicultura na propriedade rural pode levar até oito meses. “Nosso clima é muito bom para o cultivo de peixe e em menos de um ano está pronto para o abate”, enfatiza.

Os produtores de São Félix já possuem uma estrutura para reprodução e estão se especializando na criação comercial de alevinos. O extensionista social e supervisor do escritório local da Empaer no município de Alto da Boa vista, Mário Cezar Barboza, acrescenta que a finalidade do curso foi reproduzir alevinos para comercializar nos municípios vizinhos. “Essa foi a primeira tentativa e com certeza, em breve, a Associação estará vendendo para os piscicultores da região”, enfatiza.

O curso contou com a participação de 15 agricultores familiares e foi realizado dos dias 22 a 25 de fevereiro.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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