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Agronegócio

Embrapa usa nanotecnologia para combater Greening

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Pesquisadores da Embrapa Meio Ambiente e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) desenvolveram uma nova abordagem nanotecnológica para combater o greening, uma doença incurável das plantas cítricas que causou prejuízos de aproximadamente R$ 20,06 milhões em 2023.

Utilizando nanopartículas, o sistema de liberação controlada do inseticida tiametoxam idealizado pelos pesquisadores, mostrou-se eficiente, reduzindo a necessidade de aplicação do produto pela metade.

O Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) tem apontado o crescimento das perdas devido ao surgimento do greening em áreas onde antes não existia. Isso intensificou a necessidade de novas abordagens para controlar a doença.

O método desenvolvido pela Embrapa em conjunto com a Unicamp envolve o encapsulamento do inseticida em estruturas nanométricas, permitindo uma liberação controlada e eficiente do princípio ativo. Segundo a Embrapa, as nanoestruturas mostraram eficácia utilizando doses cerca de duas vezes menores em comparação às formulações tradicionais.

Márcia Assalin, analista da Embrapa, explicou que as nanomicelas, com sua alta razão superfície-volume, garantem uma aplicação mais eficaz e prolongam a proteção do inseticida contra degradação por fatores como fotólise e lixiviação. Isso diminui a necessidade de aplicações repetidas, reduzindo tanto o impacto ambiental quanto os custos associados.

A professora Ljubica Tasic, da Unicamp, destacou que o novo nanopesticida apresentou baixa toxicidade para organismos aquáticos testados, sugerindo um impacto ambiental reduzido. Apesar dos resultados promissores, o produto ainda precisa passar por mais testes antes de ser disponibilizado comercialmente, representando um avanço significativo em direção a práticas agrícolas mais sustentáveis.

Com esta inovação, a Embrapa e a Unicamp esperam proporcionar aos produtores uma ferramenta eficiente e sustentável para combater o greening, contribuindo para a recuperação econômica e a proteção ambiental no setor citrícola.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Cooperativismo agrícola ganha destaque como motor de desenvolvimento sustentável e social

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O cooperativismo no Brasil e no mundo exerce um papel cada vez mais relevante, especialmente no contexto agrícola. De acordo com a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), o país conta com mais de 4.500 cooperativas, das quais 71,2% são voltadas à agricultura familiar, um setor essencial para a produção de alimentos.

No âmbito global, existem mais de três milhões de cooperativas com cerca de um bilhão de membros, representando 12% da população mundial. Esse movimento tem sido destacado como um fator chave para o desenvolvimento social e econômico, especialmente em eventos de grande relevância, como a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2024 (COP29), que termina amanhã (22.11) em Baku, Azerbaijão.

De acordo com o Anuário do Cooperativismo Brasileiro, existiam em 2023, um total de 4.693 cooperativas no Brasil:

1185 do Setor Agropecuário
235 do Setor de Consumo
728 do Setor de Crédito
284 do Setor de Infraestrutura
720 do Setor de Saúde
655 do Setor de Trabalho, Produção de Bens e Serviços
886 do Setor de Transporte

As cooperativas Agropecuárias possuem mais de 1 milhão de cooperados e representam uma força significativa na produção e comercialização de alimentos e matérias-primas.

O cooperativismo no setor agrícola vai além da produção de alimentos e da geração de lucro. Ele se transforma em uma ferramenta poderosa de desenvolvimento sustentável, proporcionando vantagens econômicas tanto para o agricultor quanto para o meio ambiente.

As 10 maiores e quanto faturaram segundo dados da Forbes Agro100 2023:

  • COAMO – R$ 26,07 bilhões
  • C. VALE – R$ 22,44 bilhões
  • LAR COOPERATIVA – R$ 21,07 bilhões
  • COMIGO – R$ 15,32 bilhões
  • COCAMAR – R$ 10,32 bilhões
  • COOXUPÉ – R$ 10,11 bilhões
  • COPERCITRUS – R$ 9,03 bilhões
  • COOPERALFA – R$ 8,41 bilhões
  • INTEGRADA COOPERATIVAS – R$ 8,32 bilhões
  • FRÍSIA Agroindustrial – R$ 7,06 bilhões

Matheus Kfouri Marinho, presidente do Conselho de Administração da Coopercitrus, destacou em seu discurso na COP29 que a adoção de práticas sustentáveis, como a integração lavoura-pecuária-floresta e o uso de tecnologias de precisão, gera economia para os produtores e, ao mesmo tempo, reduz o impacto ambiental. Essa visão inovadora evidencia o potencial do cooperativismo como um catalisador de práticas agrícolas mais responsáveis.

A importância do cooperativismo no Brasil é ainda mais evidente, considerando que ele representa mais de um milhão de produtores rurais. Como explicou Eduardo Queiroz, coordenador de Relações Governamentais do Sistema OCB, as cooperativas têm uma presença vital no cotidiano dos brasileiros, sendo responsáveis por metade dos alimentos consumidos no país, desde o café até a carne.

Além disso, as cooperativas facilitam a comunicação direta com o produtor rural, permitindo discussões sobre sustentabilidade e práticas agrícolas mais eficazes. Exemplos como o da Cooxupé, que oferece educação ambiental e muda para a preservação do meio ambiente, e o projeto Gerações, que busca promover melhorias nas propriedades rurais, reforçam o papel fundamental das cooperativas no desenvolvimento de uma agricultura mais sustentável e socialmente responsável.

Fonte: Pensar Agro

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