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Agronegócio

Embrapa explica quando aplicar dessecante na lavoura de soja para evitar prejuízos

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A colheita da safra 2023/24 de soja já atingiu aproximadamente 18% da área, segundo dados recentes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Em regiões como Pará e Maranhão, alguns produtores ainda estão semeando. Nesse contexto, a dúvida dos produtores é se pode usar dessecante de grãos ou não.

Segundo Fernando Adegas, pesquisador da Embrapa Soja, há quatro aspectos importantes a serem considerados:

Primeiro, a presença de plantas daninhas. Se presentes, a dessecação é recomendada para evitar interferências na colheita e resíduos que possam comprometer a qualidade dos grãos, além de controlar pragas.

Segundo, a situação de haste verde, quando parte dos grãos está madura para colheita e outra parte permanece verde. A dessecagem nesse caso visa uniformizar as plantas, facilitando o processo de colheita.

Terceiro, a interferência climática. Se houver previsão de chuvas que possam atrapalhar a colheita, a dessecação pode antecipar a maturidade da cultura, embora não influencie diretamente na qualidade dos grãos.

Por fim, muitos produtores optam por dessecar os grãos para antecipar a colheita da soja e preparar o terreno para o plantio de outras culturas, como milho ou algodão.

Adegas ressalta a importância de realizar a dessecagem no momento adequado da soja, entre os estágios de maturação chamados técnicamente de R7.2 e R7.3. Nesses estágios, as vagens estão maduras e prontas para a colheita, garantindo a máxima produtividade e evitando perdas de rendimento.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Cooperativismo agrícola ganha destaque como motor de desenvolvimento sustentável e social

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O cooperativismo no Brasil e no mundo exerce um papel cada vez mais relevante, especialmente no contexto agrícola. De acordo com a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), o país conta com mais de 4.500 cooperativas, das quais 71,2% são voltadas à agricultura familiar, um setor essencial para a produção de alimentos.

No âmbito global, existem mais de três milhões de cooperativas com cerca de um bilhão de membros, representando 12% da população mundial. Esse movimento tem sido destacado como um fator chave para o desenvolvimento social e econômico, especialmente em eventos de grande relevância, como a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2024 (COP29), que termina amanhã (22.11) em Baku, Azerbaijão.

De acordo com o Anuário do Cooperativismo Brasileiro, existiam em 2023, um total de 4.693 cooperativas no Brasil:

1185 do Setor Agropecuário
235 do Setor de Consumo
728 do Setor de Crédito
284 do Setor de Infraestrutura
720 do Setor de Saúde
655 do Setor de Trabalho, Produção de Bens e Serviços
886 do Setor de Transporte

As cooperativas Agropecuárias possuem mais de 1 milhão de cooperados e representam uma força significativa na produção e comercialização de alimentos e matérias-primas.

O cooperativismo no setor agrícola vai além da produção de alimentos e da geração de lucro. Ele se transforma em uma ferramenta poderosa de desenvolvimento sustentável, proporcionando vantagens econômicas tanto para o agricultor quanto para o meio ambiente.

As 10 maiores e quanto faturaram segundo dados da Forbes Agro100 2023:

  • COAMO – R$ 26,07 bilhões
  • C. VALE – R$ 22,44 bilhões
  • LAR COOPERATIVA – R$ 21,07 bilhões
  • COMIGO – R$ 15,32 bilhões
  • COCAMAR – R$ 10,32 bilhões
  • COOXUPÉ – R$ 10,11 bilhões
  • COPERCITRUS – R$ 9,03 bilhões
  • COOPERALFA – R$ 8,41 bilhões
  • INTEGRADA COOPERATIVAS – R$ 8,32 bilhões
  • FRÍSIA Agroindustrial – R$ 7,06 bilhões

Matheus Kfouri Marinho, presidente do Conselho de Administração da Coopercitrus, destacou em seu discurso na COP29 que a adoção de práticas sustentáveis, como a integração lavoura-pecuária-floresta e o uso de tecnologias de precisão, gera economia para os produtores e, ao mesmo tempo, reduz o impacto ambiental. Essa visão inovadora evidencia o potencial do cooperativismo como um catalisador de práticas agrícolas mais responsáveis.

A importância do cooperativismo no Brasil é ainda mais evidente, considerando que ele representa mais de um milhão de produtores rurais. Como explicou Eduardo Queiroz, coordenador de Relações Governamentais do Sistema OCB, as cooperativas têm uma presença vital no cotidiano dos brasileiros, sendo responsáveis por metade dos alimentos consumidos no país, desde o café até a carne.

Além disso, as cooperativas facilitam a comunicação direta com o produtor rural, permitindo discussões sobre sustentabilidade e práticas agrícolas mais eficazes. Exemplos como o da Cooxupé, que oferece educação ambiental e muda para a preservação do meio ambiente, e o projeto Gerações, que busca promover melhorias nas propriedades rurais, reforçam o papel fundamental das cooperativas no desenvolvimento de uma agricultura mais sustentável e socialmente responsável.

Fonte: Pensar Agro

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