Após a Polícia Federal prender dois homens ligados ao grupo extremista Hezbollah no Brasil, o embaixador de Israel em Brasília, Daniel Zonshine, disse em entrevista ao jornal O Globo que essas pessoas planejaram realizar um atentado contra sinagogas e entidades judaicas no país porque têm apoiadores no Brasil.
Além da colocação infeliz, Zonshine também se encontrou com o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro na quarta-feira (8) – o que lhe rendeu ainda mais críticas.
“O interesse do Hezbollah em qualquer lugar do mundo é matar os judeus. Se escolheram o Brasil, é porque tem gente que os ajuda”, disse o embaixador.
Zonshine afirmou ainda que há fugitivos vindos de países do Oriente Médio na tríplice fronteira entre o Brasil, a Argentina e o Paraguai, em busca de apoio financeiro às atividades do Hezbollah.
O diplomata também lembrou que quase 30 anos atrás houve um ataque contra a Associação Mutual Israelita Argentina (Amia). Ele afirma que, na época, Israel descobriu que os responsáveis pelo atentado contaram com financiamento do Irã.
“O Hezbollah ia fazer no Brasil o mesmo que fez na Argentina. O grupo é financiado pelo Irã e pelo tráfico de drogas, principalmente”, disse o embaixador de Israel no Brasil.
Nesta quinta-feira (9), o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues, classificou a colocação do diplomata como uma “surpresa negativa” que gerou “mal-estar” na corporação.
“Foi uma surpresa negativa, uma vez que historicamente há relações entre Brasil e Israel. Eu repudio completamente. (…) Causa mal-estar a maneira como está sendo explorado um trabalho técnico [o da PF] e que tem como únicas balizas a Constituição do Brasil e as leis brasileiras”, afirmou para a jornalista Camila Bomfim, da GloboNews.
Encontro com Bolsonaro
Na quarta-feira (8), Zonshine se reuniu com Bolsonaro e parlamentares de oposição na Câmara dos Deputados, para discutir o conflito entre Israel e o grupo extremista Hamas, que opera na Faixa de Gaza, onde milhares de pessoas morreram, foram feridas, desabrigadas e forçadas a se deslocarem em razão dos bombardeios e ataques terrestres executados pelas Forças de Defesa de Israel desde o dia 7 de outubro.
Neste mês de setembro , o Dia Mundial do Daltonismo tem o objetivo de esclarecer alguns pontos envolvendo o distúrbio da visão, como os sinais para identificá-lo ainda na infância. De acordo com a oftalmologista Mayra Melo, o diagnóstico é crucial para garantir o suporte adequado no desenvolvimento escolar e social.
O daltonismo é conhecido como discromatopsia, sendo portanto, alteração na percepção das cores que afeta cerca de 8% dos homens e 0,5% das mulheres no mundo.
“Os pais devem observar sinais como dificuldade em distinguir cores básicas, como vermelho e verde, ou quando a criança troca frequentemente as cores ao desenhar ou colorir”, orienta Mayra.
É comum também que os pais notem uma certa preferência por roupas de cores neutras ou frequência da dificuldade em atividades que envolvam a diferenciação de cores, como jogos e brincadeiras.
“Em muitos casos, a criança pode sentir frustração ou desinteresse em atividades escolares que envolvem cores, o que pode ser erroneamente interpretado como falta de atenção ou interesse”, alerta a especialista.
O diagnóstico é feito por um oftalmologista, utilizando testes específicos como o de Ishihara, que avalia a percepção das cores. Apesar de não haver cura para a condição, o diagnóstico precoce permite que a criança seja orientada e adaptada para lidar melhor.
“O uso de ferramentas adequadas, como material escolar com contrastes fortes e a utilização de óculos ou lentes com filtros especiais, pode fazer toda a diferença no desenvolvimento acadêmico e na autoestima da criança”, afirma.