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Embaixador de Israel ataca ONU por condenar a evacuação de Gaza

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Gilad Erdan criticou ainda a inação da ONU em Gaza

O embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, discursou sobre a crítica feita pela organização sobre a ordem de evacuação dado aos cidadãos que residem na Faixa de Gaza . Ele falou a público antes da reunião do Conselho de Segurança da organização, evento em que sobreviventes e parentes de mortos participaram.

A ONU afirma que mais de 400 mil pessoas já deixaram o território . O Secretário-geral da entidade, Antônio Gutierrez pediu ao governo israelense cuidado com civis e demonstrou preocupação com ataque no sul do Líbano, temendo uma catástrofe humanitária .

“Seguindo o anúncio de Israel sobre o aviso que foi dado aos residentes do nordeste de Gaza, recomendando eles temporariamente mudarem para o Sul de Gaza para mitigar os danos aos civis, a ONU deveria estar elogiando Israel por essas ações de precaução”, afirmou, destacando também a inação da Organização das Nações Unidas.

“Por anos, a ONU colocou sua cabeça na areia ao encarar o terror do Hamas crescer em Gaza, enquanto recursos e fundos foram colocados em Gaza e foram direto para o cofre dos Hamas. A ONU ficou calada quando o Hamas construiu túneis sob áreas residenciais. Quando escolas e hospitais viraram bases de lançamento de foguetes, a ONU ficou calada “, atacou Gilad.

“E agora que Israel está dando um aviso prévio para a população civil esvaziar Gaza, para evacuar áreas, valorizando vidas e minimizando a morte de civis, a ONU prefere condenar essas ações preventivas e novamente colocar pressão do lado que defende a civilização”, acusando a ONU de ser indiferente às mortes de 300 israelenses e ao direito de Israel se defender.

Segundo Gilad, esse será um dos temas principais do encontro de hoje do Conselho de Segurança da ONU.

Ele não nega que o Hamas foi eleito democraticamente, mas ressalta que “eles exploraram cada polegada para transformar Gaza na sua máquina de terror. Eles desviaram cada recurso humanitário para a guerra, eles arrancaram tubos de água do solo para transformar em lançadores de foguetes, eles doutrinaram suas crianças para odiar e promover o terror. Vimos milhares de cidadãos comemorando enquanto eles faziam paradas pelas ruas com corpos e mulheres que foram estupradas”.

Após o anúncio de evacuação, Israel já iniciou os ataques terrestres ao território . Antes, o país já havia afirmado que lançou seis mil bombas sobre a região. Algumas das principais ONGs do mundo denunciaram que o país teria usado fósforo branco , substância química capaz de provocar queimaduras e outros ferimentos, sendo considerada uma arma proibida pela Convenção de Genebra. Israel nega que utilizou municões com o composto .

A Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que a ordem de deslocamento é uma sentença de morte para pacientes locais . A equipe do Médicos Sem Fronteiras (MSF) usou o Twitter/X para comunicar a dificuldade de evacuar os pacientes do hospital Al-Awda, um dos principais da região. Segundo publicação da conta oficial, as forças israelenses adiaram para sábado (14), 6h (horário local) e 0h de Brasília, o ultimato para evacuação da instalação . Alguns médicos foram contra a ordem e preferiram ficar em outros hospitais .

Fonte: Internacional

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