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Cuiabá

Emanuel Pinheiro lamenta venda de vagões do VLT à gestão da Bahia e questiona “por que o modal não ‘serve’ para a capital?”

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“O dia 19 de junho é marcado por uma tristeza profunda para a nossa capital e também para a cidade de Várzea Grande. Mesmo frente à descabida mudança de modal, os cuiabanos mantinham a expectativa em torno da implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em Cuiabá, que agora se confronta com a realidade de que, enquanto outras capitais avançam com projetos semelhantes, nós ficamos para trás. Não posso deixar de ressaltar como é um dia melancólico, um dia de traição, quando os vagões, em perfeito estado, foram vendidos. Eles são nossos, pertencem à população. Essa venda dos vagões, em suaves parcelas ao longo de quatro anos, foi uma apunhalada pelas costas da população. Sempre falamos que os vagões estavam conservados e a pergunta que fica é: por qual motivo servem a Salvador e não servem para Cuiabá?” desabafou o prefeito Emanuel Pinheiro, ao avaliar a venda dos vagões do VLT pelo governo estadual à Bahia. A declaração foi realizada na tarde desta quinta-feira (20), durante o ato de entrega de mais 18 ônibus com ar-condicionado para a capital, elevando a frota climatizada a 98,44%.

Defensor do modal mais moderno para a capital mato-grossense, o prefeito de Cuiabá cadastrou em 2023 o projeto funcional para sistemas de mobilidade urbana – uma reestruturação do projeto de implementação do VLT no Novo PAC do governo federal. O prefeito Emanuel Pinheiro defende que o projeto é o mais benéfico, já que o município já possui as obras de maior complexidade, como viadutos e trincheiras, além de reafirmar a integridade dos trens, que foi mantida independentemente dos projetos urbanísticos. A medida foi adotada depois que o governo estadual anunciou a mudança do modal do VLT para o BRT, sem uma discussão pública e após os gastos de mais de R$ 1,2 bilhão para a implantação. O modal seria usado para a Copa do Mundo em 2014.

Desde janeiro deste ano, a consolidação do projeto do VLT Cuiabano vem sendo meticulosamente delineada, e o projeto técnico elaborado pela Prefeitura de Cuiabá já havia sido aceito para o Novo PAC – Mobilidade Urbana Sustentável, do governo federal. O esforço conta com a integração das equipes técnicas lideradas por André Almeida Morais, diretor do Departamento de Infraestrutura da Mobilidade Urbana da Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades, e coordenada pela Prefeitura de Cuiabá, representada por Janete Ely, economista e consultora técnica na área de infraestrutura de transporte e logística.

“Vejo Cuiabá como uma grande cidade e que merece ter o que é sucesso no mundo. O VLT é moderno, econômico, garante dignidade, segurança e qualidade à população e, por trás dele, ainda vem o mote de desenvolvimento econômico, social e urbano. Ele é um novo modal, ele sai da linha do ônibus e vem para o trem, para o bonde moderno. No entanto, a frustração de ver outros projetos similares avançando em diferentes regiões do país enquanto o de Cuiabá ainda enfrenta desafios é palpável. O dia 19 de junho serve a uma reflexão sobre melhorias significativas na infraestrutura de nossa cidade e da necessidade de esforços conjuntos. O povo merece o melhor”, finalizou.

VLT

Com 22 quilômetros de extensão, ligando Cuiabá e Várzea Grande pelos eixos Aeroporto-CPA e Porto-Coxipó, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) possui 40 trens com 7 vagões cada. Cada trem comporta 400 pessoas, com capacidade de transportar mais de 100 mil pessoas por dia.

Os trens são movidos a tração elétrica, com velocidade máxima de 70 km/h. Além disso, o VLT é equipado com ar-condicionado, sistema de entretenimento, áudio e vídeo, caixa preta para registro de eventos e dados de voz, câmeras de vigilância interna e externa. O sistema de economia de energia possui baterias e supercapacitores que captam a força nas frenagens, armazenam a energia e a utilizam na tração do veículo, garantindo mais sustentabilidade ao modal.

Fonte: Prefeitura de Cuiabá – MT

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Cuiabá

Inauguração da sala de cinema no MISC marca as celebrações da 7ª edição do Festival Kwanza

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Na noite de quarta-feira (20), o Museu da Imagem e do Som de Cuiabá – MISC celebrou a inauguração da sua nova sala de cinema, o Cinemisc. O evento, parte da programação do 7º Festival Kwanza, marcou um momento histórico para a cultura cuiabana, especialmente para o audiovisual regional. A cerimônia também celebrou o Dia da Consciência Negra, com exibições que destacaram a relevância do cinema negro e mato-grossense.

A inauguração contou com a exibição de dois filmes: “Pandorga”, uma produção que simboliza um marco das políticas públicas no incentivo ao audiovisual, e “A Velhice Ilumina o Vento”, o filme mais premiado da história de Mato Grosso, reconhecido em eventos como o Festival Zózimo Bulbul, o maior festival de cinema negro da América Latina.

O secretário de Cultura, Esporte e Lazer de Cuiabá, Justino Astrevo, destacou a importância da nova sala:”Essa é a realização de uma antiga reivindicação do movimento audiovisual local. Nos últimos anos, a produção audiovisual cuiabana cresceu muito, mas faltava um espaço adequado para exibir essas obras. O Cinemisc é um marco, não só para os produtores locais, mas para a população em geral, que agora tem acesso gratuito a filmes da nossa terra”, comemorou.

A sala, que possui capacidade oficial para 50 pessoas e pode ser ampliada com cadeiras extras, foi projetada para oferecer uma experiência de cinema acessível e de alta qualidade técnica. De acordo com Cristóvão Luís Gonçalves da Silva, coordenador do MISC, o espaço é um sonho realizado para cineastas e produtores independentes. “Democratizar o acesso ao audiovisual era uma necessidade urgente. Agora, com essa sala, simplificamos o processo de exibição. É um lugar de encontro para artistas e público, com infraestrutura completa e sem custos para os realizadores”, afirmou Cristóvão.

A programação do Festival Kwanza segue nos dias 21 e 22 de novembro, com a exibição de outros filmes selecionados por Maurício Pinto, curador da mostra. Ele explicou a importância de trazer a temática negra para o centro do debate cultural. “O cinema negro é uma ferramenta poderosa para dar visibilidade às histórias e vivências da população negra. Esta sala, com exibições gratuitas e acessíveis, é um avanço imenso para a nossa cultura. Queremos resgatar e preservar a história, ao mesmo tempo em que criamos um espaço para novas narrativas.”

Além das exibições regulares às terças-feiras, o Cinemisc também estará disponível para cursos, oficinas e sessões agendadas por escolas e produtores locais.

Fonte: Prefeitura de Cuiabá – MT

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