Em um vídeo compartilhado em suas redes sociais, o ex-governador Sérgio Cabral não conseguiu conter as lágrimas ao relembrar um momento marcante de sua prisão. Ao som da música “Nothin’ on You”, de Bruno Mars, Cabral revelou que a canção era uma companhia constante durante seus exercícios solitários no Batalhão Especial Prisional (BEP), em Niterói (RJ).
“Essa música tocava e eu, comigo mesmo, dançava sozinho”, compartilhou Cabral, visivelmente emocionado, após um longo silêncio interrompido apenas pela melodia ao fundo.
O vídeo, publicado há duas semanas em seu perfil no Instagram, recentemente viralizou e tem sido amplamente compartilhado em diversas plataformas. Nele, Cabral também relembra as condições precárias da academia improvisada na prisão, apelidada por ele de “tétanos”, devido à condição dos aparelhos enferrujados.
“Tinha uma academia muito precária, que eu chamava de ‘tétanos’, porque os aparelhos eram todos enferrujados, e acho que ganhei calos para o resto da vida”, conta, esfregando as mãos.
Preso em 2016 no âmbito da Operação Lava-Jato e condenado por diversos crimes de corrupção, Cabral passou seis anos atrás das grades antes de ser solto em dezembro de 2022, totalizando 2.223 dias de detenção. Atualmente em prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica, ele também enfrenta desafios de saúde, como três hérnias de disco que recentemente o obrigaram a depor à Polícia Federal em cadeira de rodas.
Em maio, Cabral foi autorizado pela Justiça a retirar a tornozeleira eletrônica temporariamente para realizar uma ressonância magnética, após críticas e especulações sobre suas condições de saúde.
Respondendo às críticas de que teria feito um espetáculo ao depor em cadeira de rodas, Cabral reafirmou sua condição física e os desafios enfrentados devido às hérnias de disco, enfatizando a seriedade de suas condições médicas.
“Tô vendo uns caras de pau dizendo que fui prestar depoimento de cadeira de rodas, mas estava treinando. Eu não treino há mais de dez dias, fiz uma cirurgia no dente, estou com pontos. Façam isso não, falta do que fazer. A dor que eu to sentindo, se não fosse de cadeira de roda eu não chegava lá.”