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Em vez de gastar comprando arroz, governo deveria focar no Plano Safra, diz presidente da FPA

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Em vez de gastar comprando arroz, governo deveria focar no Plano Safra, diz presidente da FPA
ESTADÃO CONTEÚDO

Em vez de gastar comprando arroz, governo deveria focar no Plano Safra, diz presidente da FPA

Por Iander Porcella

O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Pedro Lupion (PP-PR), afirmou nesta terça-feira, 4, que o governo deveria focar em encontrar recursos para o Plano Safra 2024/25 em vez de direcionar verba para a importação de arroz, medida anunciada pelo Executivo para conter o preço do alimento no supermercados.

“Estão dando arroz de quinta categoria para a população para poder fazer política, colocar a marca do governo em um pacote de supermercado. É um verdadeiro absurdo, é um acinte”, disse Lupion a jornalistas, após a reunião semanal da bancada ruralista.

O parlamentar, além de criticar a qualidade do arroz que será importado da Ásia, disse que a medida é “politiqueira” e “oportunista”. “Em vez de gastar R$ 7,5 bilhões comprando arroz que não precisa e que tem 80% da safra colhida, (o governo) poderia aplicar dinheiro no Plano Safra, que seria muito melhor utilizado”, defendeu Lupion.

O governo anunciou uma Medida Provisória que direciona recursos para a importação de arroz, por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A MP tem validade imediata, mas precisa ser aprovada pelo Congresso em até quatro meses.

Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), com a importação de um milhão de toneladas de arroz, o governo venderá o grão diretamente em supermercados e redes de atacado de alimentos do País com um rótulo próprio na prateleira e preço tabelado.

A iniciativa foi tomada como resposta às inundações no Rio Grande do Sul, mas empresários e especialistas veem intervenção no mercado.

Plano Safra

A reunião da FPA contou com a presença do secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, do secretário de Agricultura Familiar e Agroecologia do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Vanderley Ziger, e do diretor de Regulação do Banco Central, Otávio Dâmaso.

De acordo com Lupion, o encontro foi “produtivo” porque colocou na mesma mesa essas autoridades, mas ainda não há uma solução. “Precisamos de um Plano Safra robusto, principalmente no que tange à equalização de juros. A conta apresentada pelas nossas entidades é em torno de R$ 21 bilhões para a equalização de juros”, declarou.

Ele afirmou que os R$ 13 bilhões para subvenção que foram destinados em 2023 não são suficientes este ano.

“Além disso, precisamos de pelo menos R$ 3 bilhões de seguro rural, precisamos de auxílio à comercialização. São vários temas importantes e estamos muito preocupados porque não temos visto essa movimentação muito forte em relação aos diversos órgãos da administração que precisam estar envolvidos nisso”, emendou o deputado.

No total, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) pede R$ 570 bilhões em recursos para o Plano Safra. Ano passado, o valor foi de R$ 435,8 bilhões.

Segundo Lupion, todos concordam com os argumentos da FPA e do setor, mas é preciso dinheiro e espaço fiscal para o Plano Safra “Ainda estamos pendentes de uma agenda com o ministro (da Fazenda, Fernando) Haddad, que é quem tem que dar a palavra final nisso, para que a gente consiga organizar um Plano Safra contundente e, obviamente, que seja proporcional à crise que o setor enfrentou no começo do ano e final do ano passado, ao problema do Rio Grande do Sul.”

“Agora cabe ao governo federal buscar essa solução. O prazo é 30 de junho. Precisamos até lá ter esse encaminhamento. Espero que o Ministério da Agricultura efetivamente cumpra seu papel de protagonismo e busque uma solução”, disse o líder da bancada ruralista.

Fonte: Nacional

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BRASIL

Pedro Paulo quer políticas para advogados com deficiência

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Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.

A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.

“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.

A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.

“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.

A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.

 

Fonte: ELEIÇÕES OAB MT

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