Desde o início da guerra entre Israel e Hamas , que completa um mês nesta terça-feira (7), cerca de 70% da população da Faixa de Gaza foi deslocada, de acordo com um levantamento da agência da ONU para refugiados palestinos (UNRWA).
Segundo a UNRWA, quase 1,5 milhão de pessoas deixaram suas casas em Gaza – a população total do enclave é de cerca de 2,2 milhões de pessoas.
“Os civis estão sendo submetidos a deslocamentos forçados e punições coletivas”, diz a UNRWA, que acrescenta que as famílias deslocadas enfrentam “medo constante e condições de vida desumanas”.
Dos deslocados em Gaza, 717 mil estão abrigados em 149 unidades da UNRWA. Segundo a agência, os abrigos estão funcionando com quatro vezes a sua capacidade.
“Mais de 557 mil deslocados internos estão abrigados em 92 instalações nas áreas de Middle, Khan Younis e Rafah. Quase 160 mil deslocados internos estavam abrigados em 57 escolas da UNRWA no norte de Gaza em 12 de outubro de 2023, antes da ordem de evacuação ter sido emitida pelas autoridades israelenses. A UNRWA não tem acesso a estes abrigos para ajudar ou proteger os deslocados internos e não tem informações sobre as suas necessidades e condições”, afirma relatório da agência da ONU.
A UNRWA informa, ainda, que 66 pessoas foram mortas e 540 ficaram feridas em ataques que atingiram abrigos da agência. “Nenhum lugar é seguro em Gaza”, diz a UNRWA.
“Pessoas que se abrigavam sob a bandeira da ONU – buscando segurança em escolas da UNRWA – foram mortas em locais que deveriam ser protegidos pelo Direito Internacional Humanitário”, completa.
Desde o início da guerra, 88 funcionários da UNRWA foram mortos e outros 25 ficaram feridos.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.