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MATO GROSSO

Em missão na China, secretário de Desenvolvimento Econômico destaca produção sustentável da pecuária de MT

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O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), César Miranda, destacou, em reuniões com empresários e autoridades chinesas nesta semana, que a carne da pecuária de Mato Grosso é fruto de produção sustentável, respeitando o meio ambiente. Em missão na China para abertura de novos mercados, ele informou que Mato Grosso conserva 62% das suas florestas e, ainda assim, é o principal produtor brasileiro de grãos, como soja e milho, e também é o maior estado produtor de carne bovina.

“Damos muita atenção à proteção ambiental e à sustentabilidade agrícola em nosso processo produtivo. Nossa carne bovina sempre foi a melhor qualidade do mundo e a China é o nosso principal comprador. Temos produtores de carne bovina muito maduros, e institutos de pesquisa em carne que se comprometeram a melhorar nossa carne, com rastreabilidade e certificação”, explicou secretário, que também é presidente do Conselho Deliberativo do Instituto de Pesquisa da Carne do Estado de Mato Grosso (Imac).

Na terça-feira (16.05), o Imac assinou memorando de entendimento e cooperação com o Tianjin Meat Research Institute e o Beijing Chaoyang District Institute for Sustainable Global Environment. O documento é parte dos esforços para promover a rastreabilidade da produção de carne no Mato Grosso. A partir da assinatura do memorando, China e Brasil poderão fazer maiores contribuições para o desenvolvimento agrícola sustentável e economia de baixo carbono.

A representante do Institute for Sustainable Global Environment, Zhang Jingwei, destacou que está encarregada de realizar um projeto piloto de rastreabilidade para promover a cadeia de fornecimento sustentável de carne bovina na China e no Brasil.

“Descobrimos que o Brasil realmente fez muito trabalho para fortalecer a produção sustentável em seu país nos níveis governamental, industrial e corporativo, incluindo um plano agrícola de baixo carbono chamado ABC em nível nacional. Passou pela primeira década e agora entra na segunda década, mudando do ABC para o ABC+, apoiando os agricultores brasileiros na transição para um modelo de produção de baixo carbono e melhor adaptação aos impactos das mudanças climáticas”, observou.

O diretor de operações do Imac, Bruno Andrade, apresentou o plano do “Passaporte Verde” da carne bovina. A proposta é realizar a rastreabilidade da produção de carne bovina e um melhor monitoramento social e ambiental. No futuro, marcas e carnes que não obtiverem esses passaportes ficarão impedidas de entrar no mercado.

“As marcas que produzirem de acordo com as normas e protegerem o meio ambiente serão protegidas, reconhecidas e certificadas. Nossa certificação e autorização também serão supervisionadas por toda a sociedade. O programa “Passaporte Verde” também ajudará nosso estado a formular melhores políticas de gestão ambiental e promover a padronização do meio ambiente”, destacou Bruno.

Consumo de carne em alta na China
A representante da Câmara de Comércio da China para Importação e Exportação de Alimentos, Produtos Nativos e Criação de Animais, Chen Ying, destacou que o consumo de proteína animal, como a carne bovina, tem saltado no país devido a expansão do consumo total de produtos agrícolas e a modernização da estrutura proporcionada pelo crescimento econômico do país.

“A proporção de consumo de grãos e vegetais está diminuindo e a proporção de consumo de carne está aumentando, especialmente a geração mais jovem, como nosso filho, que come bife e está gradualmente se ocidentalizando, então o crescimento de nossa carne é muito rápido. Além disso, há produtos lácteos, produtos aquáticos, frutas e alguns outros produtos agrícolas. A proporção de nossa estrutura de consumo está aumentando constantemente”, apontou.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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