Uma transcrição de áudio revela que o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , reconheceu em uma reunião ocorrida em 2021 que reteve informações militares consideradas secretas e que não as tornou públicas.
A gravação em questão ocorreu durante uma discussão sobre um documento do Pentágono relacionado a um possível ataque ao Irã. De acordo com a transcrição, Trump menciona que não retirou o sigilo desse documento específico que estava sendo discutido.
A transcrição foi obtida durante a investigação conduzida pelo procurador especial Jack Smith, que analisa o manuseio inadequado de documentos confidenciais por parte de Trump.
Embora os detalhes exatos das acusações contra Trump em relação a essa reunião de 2021 ainda não tenham sido divulgados, a gravação é considerada significativa, pois evidencia que o ex-presidente tinha conhecimento de que os registros mantidos em sua residência em Mar-a-Lago, após deixar a Casa Branca, permaneceram confidenciais.
Publicamente, Trump afirmou que todos os documentos que trouxe consigo para a Flórida foram desclassificados, ao mesmo tempo em que criticava a investigação do procurador especial como uma tentativa de prejudicar sua campanha presidencial em 2024.
O canal de notícias americano CNN reportou que a gravação de áudio foi obtida durante uma reunião de Trump em seu resort em Bedminster, Nova Jersey, com pessoas envolvidas na elaboração de sua autobiografia, incluindo o ex-chefe de gabinete Mark Meadows e assessores, como a especialista em comunicação Margo Martin.
Essa nova revelação ocorre após a abertura de um novo processo contra Trump pela justiça norte-americana na investigação conduzida pelo procurador especial Jack Smith.
Até o momento, não foram divulgados os detalhes específicos das acusações relacionadas à reunião de 2021. A investigação em curso envolve o manuseio inadequado de documentos confidenciais levados para sua residência, bem como a possível obstrução de investigação.
A expectativa é que as denúncias contra Trump sejam avaliadas ainda neste mês, com possibilidade de apresentação recurso durante o processo. A investigação liderada por Jack Smith sobre os esforços para anular a eleição de 2020 também continua em andamento.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.