A parceria visa replicar o modelo de agricultura familiar venezuelano, conhecido como “conuco”, com planos de expandir o projeto para 100 mil hectares nos próximos anos.
O MST enviará uma equipe técnica para estudar as condições da área e propor um projeto de desenvolvimento agroflorestal.
Essa colaboração entre o governo venezuelano e o MST é uma continuação da relação de longa data entre o chavismo e o movimento brasileiro, buscando fortalecer a produção agrícola no país.
Maduro celebrou a parceria como parte dos esforços para garantir a soberania alimentar da Venezuela.
No contexto brasileiro, a relação entre o MST e o governo mudou. O ex-vice-presidente venezuelano Jorge Arreaza, ao comemorar a parceria, sugeriu uma mudança na postura do Brasil em relação à Venezuela, mencionando que o governo brasileiro anterior era diferente do atual.
Lula e Venezuela
Durante os governos passados, o presidente Lula (PT) havia apoiado abertamente Hugo Chávez e Nicolás Maduro, enquanto na sua atual gestão, o petista tem mantido uma postura mais crítica em relação ao regime venezuelano, especialmente após o endurecimento da situação política no país.
Apesar dessa mudança, o governo brasileiro se posiciona como um possível mediador na crise venezuelana.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.